Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Melo, Francielle Martins de |
Orientador(a): |
Castilho, Marcelo Santos |
Banca de defesa: |
Andrade, Carolina Horta,
Trossini, Gustavo Henrique Goulart |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Farmácia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Farmácia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22622
|
Resumo: |
A doença de Chagas é uma doença negligenciada de grande impacto sobre a população da América Latina. No Brasil estima-se que aproximadamente 50.000 novos casos de doença de Chagas ocorram anualmente e que cerca de 2.500.000 indivíduos estejam infectados. Apesar disso, o arsenal terapêutico disponível para o tratamento da doença (nifurtimox e benzonidazol) apresenta pouca ação sobre a fase crônica e sérios efeitos colaterais. Além disso já foi relatado o aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos disponíveis. Diante desses fatos, torna-se importante a identificação de novos protótipos a fármacos ativos contra a fase crônica da doença. Sabe-se que antifúngicos azólicos (posaconazol, ravuconazol, itraconazol e cetoconazol) inibem a enzima lanosterol 14 alfa-desmetilase do Trypanosoma cruzi e por essa razão impedem a síntese do ergosterol, o principal esterol de membrana do parasita. Moléculas com esse perfil de atividade são ativas contra a forma amastigota do parasito, apresentando resultados positivos no tratamento da fase crônica da doença de Chagas. Esses dados sugerem que o desenvolvimento de novos inibidores da via do ergosterol é uma alternativa interessante para o tratamento da doença de Chagas. Visando contribuir para esse objetivo foram desenvolvidos modelos de QSAR 2D e 3D para um conjunto de 155 moléculas ativas contra T. cruzi. Modelos de QSAR 2D, baseado, em descritores bidimensionais (r2= 0,86, q2=0,9, r2pred=0,84, com 4PCs) e Holograma moleculares (r2= 0,85, q2=0,91, r2pred=0,82, com 6PCs) apresentam parâmetros estatísticos satisfatórios e sugerem que propriedades estéreas da amina ligada a anel aromático estão relacionadas com aumento na atividade dos compostos, enquanto que ramificações estruturais tem o efeito contrário. Visando complementar o estudo das exigências estéreas e eletrônicas que determinam a atividade biológica dos derivados azólicos estudados, foram desenvolvidos modelos de QSAR 3D pela técnica de análise comparativa de campos moleculares (CoMFA). O modelo do alinhamento realizado pelo acoplamento molecular propiciou poder preditivo satisfatório (q2 = 0,74, r2 = 0,92, r2pred = 0,70, com 5 PCs). O modelo realizado pelo alinhamento por similaridade morfológica dos 5 ligantes de maior atividade proporcionou maior poder preditivo (q2= 0,75, r2=0,91, r2pred=0,77, com 6PCs). A análise dos mapas de contorno sugere que a amina primária ligada ao anel aromático tem contribuição estérea e eletrônica importante, assim como substituintes na posição meta do anel p-anilina. O anel fenil na posição meta, assim como o anel imidazol podem diminuir a atividade dos compostos. As informações obtidas através dos modelos quimiométricos descritos acima são de suma importância para guiar o planejamento de moléculas mais potentes contra T. cruzi. |