Devolução de medicamentos e omissão na administração de doses em uma instituição hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leite, Bartyra Lima De Almeida
Orientador(a): Badaró, Roberto José da Silva
Banca de defesa: Oiveira, Marcio Galvão Guimarães, Almeida, Antônio Raimundo Pinto de, Gusmão, Maria Enoy Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina
Programa de Pós-Graduação: Programa De Pós-Graduação Em Medicina E Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24133
Resumo: Omissão na administração de doses de medicamentos prescritos a pacientes hospitalizados pode implicar em consequências negativas para o paciente, bem como para o sistema de saúde. A omissão indevida pode resultar em ausência de efeito terapêutico e, consequentemente, levará o prescritor a uma mudança na conduta terapêutica que implica em maiores custos. Fatores relacionados às etapas de uso dos medicamentos interferem diretamente na ocorrência de erro e a revisão periódica dos processos promove redução de erros relacionados ao uso de medicamentos. Objetivo: Este estudo avaliou a incidência de erros de medicação por omissão de doses e as justificativas para não administração de medicamentos pela equipe de enfermagem de um hospital universitário do nordeste brasileiro. Método: Trata-se de um estudo de coorte onde foram incluídos pacientes adultos hospitalizados, por um período de cinco dias. Todas as doses de medicamentos de uso sistemático desses pacientes foram monitoradas a cada horário de administração. As equipes médica e de enfermagem eram cegas em relação aos objetivos do estudo. Resultados: Foram monitoradas 1119 doses de medicamentos dispensadas aos pacientes incluídos. Dessas, 238 (21,3%) deixaram de ser administradas aos pacientes por diversas causas. A incidência de erro por omissão na administração de doses foi de 12,3% (138). Essa incidência foi significativamente maior em unidades de clínica cirúrgica versus clínica médica (RR 1,20 (IC95% 1,01-1,43)), e nas unidades sem farmacêuticos clínicos (RR 1,10 (IC95% 1,03-1,17)). Os medicamentos para o sistema nervoso foram os mais omitidos (RR 4,13 (IC95% 1,87-9,10)), seguidos pelos do aparelho cardiovascular (RR 3,37 (IC95% 1,54-7,37)), em relação aos antimicrobianos que foram os menos omitidos 4,1%, p = 0,001. Conclusão: Este estudo detectou uma elevada incidência de erros de medicação por omissão de doses e mostrou que esta foi a principal causa de devolução de medicamentos não administrado à farmácia da instituição estudada.