Extrato de Acacia Mearsnsii como fonte de tanino condensado na alimentação de tourinhos Nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Fernanda Maria dos lattes
Orientador(a): Oliveira, Ronaldo Lopes
Banca de defesa: Oliveira, Ronaldo Lopes, Barbosa, Analívia Martins, Andrade, Ederson Américo de, Pinheiro, Rafael Silvio Bonilha, Rocha, Leilson
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40105
Resumo: O extrato de Acacia mearnsii tem sido usado como fonte de tanino condensado (TC) e apresenta potencial por melhorar a utilização de nitrogênio na produção de ruminantes. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da inclusão de níveis crescentes de Acacia mearnsii como fonte de TC no consumo da ração, digestibilidade dos nutrientes, balanço de nitrogênio e fermentação ruminal em tourinhos Nelore terminados em confinamento. Quatro bovinos mestiços, castrados, providos de cânula ruminal, com peso corporal médio de 446 (± 34) kg foram distribuídos em delineamento quadrado latino duplo 4 × 4, repetidos no tempo. Cada quadrado latino teve duração de 68 dias, divididos em quatro períodos, 17 dias cada, sendo 10 dias para adaptação dos animais e 7 dias para coleta de dados e amostras. Os tratamentos utilizados consistiram de uma dieta sem inclusão de extrato de Acacia mearnsii (0 g/kg) e três dietas com 10, 30 e 50 g/kg com base na matéria seca (MS). O uso de extrato de Acacia mearnsii contendo TC na dieta reduziu (P < 0,05) o consumo de MS, PB, EE, FDNcp e CNF. Houve aumento 22 (P < 0,05) na digestibilidade da MS, FDNcp, CNF e NDT, porém, não afetou (P = 0,1563) a digestibilidade da proteína bruta e eficiência de síntese de proteína microbiana. A inclusão do extrato de Acácia proporcionou redução no nitrogênio ingerido (P < 0,0001), excreção do N via urina (P = 0,0120). Já a excreção de N via fezes aumentou quadraticamente (P = 0,0298) com ingestão máxima do extrato no nível de inclusão de 10,09 g/kg MS, porém, não afetou o balanço de nitrogênio (P = 0,8995). A concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3) e os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) não foram afetados com a inclusão do extrato. Entretanto, as concentrações de N-NH3 sofreram mudanças em função do tempo, com valor máximo de 10,74 mg/dL no tempo de 3,10 horas. O pH ruminal reduziu com a inclusão do extrato (P < 0,0001) e em relação ao tempo de coleta (P = 0,0009). Não houve interação entre os efeitos da inclusão do extrato e momento de coleta. Albumina (P = 0,7900), triglicerídeos (P = 0,8852) e ureia (P = 0,2486) no sangue não diferiram entre os tratamentos. No entanto, as proteínas totais apresentaram efeito linear decrescente (P = 0,0228). Portanto, o extrato de Acacia mearnsii, em doses até 50 g/kg MS ou 35 g/kg TC, tem potencial para ser usado como fonte de tanino na dieta de tourinhos terminados em confinamento para melhorar o aproveitamento do alimento e seus nutrientes. Além de ser vantajoso do ponto de vista ambiental.