Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Aleluia, Ítalo Ricardo Santos |
Orientador(a): |
Medina, Maria Guadalupe |
Banca de defesa: |
Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz,
Almeida, Patty Fidelis de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16337
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Resumo: |
A crescente prevalência das condições crônicas no cenário epidemiológico brasileiro exige transformações na organização dos serviços de saúde que viabilizem melhorias na integração e continuidade do cuidado. A Atenção Primária à Saúde (APS) assumiu papel prioritário para integrar cuidados, serviços e informações, e tem como atributo fundamental a coordenação do cuidado. Embora o processo de coordenar o cuidado seja colocado como atributo fundamental da APS, cumprir essa função ainda é uma tarefa de difícil operacionalização em diversos municípios brasileiros. Esse estudo teve como objetivo avaliar a coordenação do cuidado no âmbito da APS em um município do Estado da Bahia. Trata-se de um estudo de caso único, com dois níveis de análise, em duas equipes de Saúde da Família. Considerou-se com fontes primárias de evidência as informações registradas no diário de campo do pesquisador, dados obtidos mediante entrevistas semiestruturadas com profissionais, gestores e usuários da APS e, como fontes secundárias, o banco de dados do PMAQ-AB, a análise dos documentos da Secretaria Municipal de Saúde e das equipes de APS. Para avaliar a coordenação do cuidado, foram selecionadas condições traçadoras (a hipertensão e o diabetes) e elaborou-se uma imagem objetivo, com vistas a analisar comparativamente as equipes e estimar em que medida os critérios da coordenação do cuidado, adotados nesse estudo, têm sido cumpridos (ou não) por ambas. Adotou-se como categorias de análise o planejamento da assistência, a padronização de condutas, o referenciamento, a comunicação e o monitoramento do usuário. Os resultados evidenciaram que a coordenação do cuidado não tem sido cumprida por ambas as equipes, e que houve maior dificuldade para o cumprimento dos critérios relativos à padronização de condutas e à comunicação entre profissionais e serviços de saúde. A falta de protocolos assistenciais, a ausência de critérios para estratificação de riscos e o desconhecimento dos demais profissionais da rede, pelos profissionais da APS, dificultaram o compartilhamento de saberes e responsabilidades na construção de planos de cuidados. A ausência de registros informatizados e o descuido com os registros manuais da atenção prestada, certamente comprometeram a qualidade e a continuidade das informações assistenciais. A falta de tecnologias telecomunicativas e os problemas de articulação entre os serviços da rede colaboraram para a baixa comunicabilidade entre os níveis de atenção. Por fim, a ausência de sistemas informatizados, a desorganização e a insuficiência na oferta de exames e consultas restringiram o referenciamento vertical dos usuários, com baixa capacidade das equipes gerenciarem as filas de espera e monitorarem os fluxos e contrafluxos assistenciais. Considera-se de suma importância a implantação de sistemas informatizados e de tecnologias de telecomunicação; a criação e adoção de protocolos assistenciais, de estratégias de capacitação profissional, de avaliação e monitoramento regular dos serviços, que possam refletir sobre a capacidade das equipes de APS coordenarem o cuidado ao usuário. Reitera-se a importância de novas pesquisas que investiguem outros casos da microrregião, com eixos investigativos centrados na coordenação do cuidado e que considerem as relações e os conflitos do processo de trabalho entre os serviços e os profissionais dos três níveis de atenção. |