Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Andréia Cardoso |
Orientador(a): |
Tenório, Robinson Moreira |
Banca de defesa: |
Teodoro, Antonio Neves Duarte,
Queiroz, Delcele Mascarenhas,
Rosa, Dora Leal,
Kuiava, Evaldo Antonio,
Acioly-Régnier, Nadja,
Ferreira, Rosilda Arruda |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24873
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Resumo: |
A política de cotas tem se revelado um importante instrumento de democratização do acesso ao ensino superior à medida que tem permitido que segmentos, historicamente excluídos, em especial a população negra, possam ingressar na universidade. Todavia, tendo em vista os treze anos de sua implementação, outros resultados merecem ser averiguados. Diante disso é que foi proposta esta tese de doutorado, cujo objetivo foi analisar as expectativas, estratégias e alcances de inserção profissional dos cotistas e não cotistas da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Para isso, foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa, através da qual buscou-se, num primeiro momento, a aplicação de um questionário com 290 estudantes (não cotistas, cotistas pretos ou pardos e cotistas de qualquer etnia ou cor), formandos – 2014.2, em 16 cursos de maior e menor escore no vestibular 2005 da UFBA. Ao completar nove meses de conclusão do curso de graduação, esses indivíduos foram novamente convidados a responder um segundo questionário. Participaram desse segundo momento 140 egressos. O primeiro questionário coletou informações quanto às expectativas e estratégias previstas de inserção profissional. Já o segundo, coletou dados de alcances e estratégias reais de inserção profissional. Os dados revelaram que não há diferenças estatisticamente significativas entre cotistas e não cotistas em relação às expectativas de inserção profissional. A maioria dos cotistas e não cotistas apresentou estimativas similares de: inserção profissional em Salvador; tempo para início da carreira profissional, bem como para estar estabelecido profissionalmente; e salário a receber. Em relação às estratégias previstas, a de maior importância, tanto pelos cotistas quanto pelos não cotistas, foi o investimento em formação continuada e/ou qualificação profissional. No que se refere aos alcances profissionais, também, não houve diferenças estatisticamente significativas entre cotistas e não cotistas. A maioria dos egressos de ambos os grupos, estava, no momento da realização da pesquisa, trabalhando na área de formação, e apresentou satisfação primeiramente “razoável”, seguida de “grande” quanto aos seus percursos profissionais. Quanto às estratégias reais ou efetivamente realizadas, notou-se que cotistas e não cotistas têm investido, principalmente, na continuidade dos estudos e/ou na qualificação profissional para garantir a entrada no mundo do trabalho. Tais resultados apontam impactos positivos da Política de Cotas no ensino superior, pois, para além da ampliação do acesso à universidade, essa política tem permitido que a população negra possa aspirar a um futuro profissional não menos promissor do que é esperado por outros grupos étnico-raciais, bem como tem impulsionado importantes transformações no mercado de trabalho brasileiro que até os dias atuais ainda exclui e/ou desvaloriza os negros. |