Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Samadhi Gil Carneiro |
Orientador(a): |
Sepuvelda, Claudia de Alencar Serra e |
Banca de defesa: |
Almeida, Rosiléia Oliveira de,
Silva, Bruno Vilela de Morais e,
Mortimer, Eduardo Fleury,
Amaral, Edenia Maria Ribeiro do,
Sepuvelda, Claudia de Alencar Serra e,
El-Hani, Charbel Niño |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
em Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33048
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Resumo: |
A teoria dos perfis conceituais pressupõe que coexistem diferentes modos de pensar e formas de falar sobre conceitos, os quais podem ser válidos a depender do contexto e, por isso, podem coexistir. Essa polissemia conceitual pode ser modelada em zonas, caracterizadas por conjuntos de compromissos ontológicos, epistemológicos e axiológicos que estabilizam esses diferentes modos de pensar e formas de falar. Com base nesta noção, tem sido desenvolvido um programa de pesquisa que tem entre suas metas a construção de perfis para conceitos centrais de um campo do conhecimento, a partir dos quais é possível organizar pesquisas sobre processos de ensino e aprendizagem, bem como práticas de ensino. Neste trabalho, relatamos o processo de construção de um perfil do conceito de equilíbrio ecológico aplicado à compreensão das dinâmicas dos sistemas ecológicos e socioecológicos A polissemia do conceito de equilíbrio ecológico é notória, variando, por exemplo, de concepções de equilíbrio estático e dinâmico, até concepções de dinâmicas de não-equilíbrio, significadas, construídas e apropriadas por comunidades de ambientalistas, gestores e cientistas de diversas áreas. Na história da ecologia, o conceito de equilíbrio é central, influenciando a própria emergência e consolidação da disciplina. A partir da fundamentação no método genético de Vygotsky, adotamos diferentes procedimentos que permitiram coletar informações relativas a três domínios genéticos do desenvolvimento de um conceito. A pesquisa em fontes da história e filosofia da Ecologia foi realizada com vistas a acessarmos o domínio sociocultural, relativo ao desenvolvimento histórico-social do conceito. Aplicações de questionários com estudantes de pós-graduação das áreas de biodiversidade e engenharia e pesquisa bibliográfica sobre concepções alternativas ao conceito tiveram como foco principal o domínio ontogenético, relativo ao desenvolvimento do conceito na história de vida de indivíduos. A observação direta e o registro de vídeos de interações discursivas, em salas de aula de turmas de licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas, permitiram acessar o domínio microgenético, relativo à gênese do conceito em períodos restritos de tempo, além também do ontogenético. As informações obtidas em relação a estes domínios foram analisadas de modo dialógico, tendo em vista a identificação de temas e compromissos epistemológicos, ontológicos e axiológicos considerados estruturantes dos modos de pensar e formas de falar sobre o conceito no contexto da compreensão das dinâmicas dos sistemas ecológicos e socioecológicos. Através da identificação de temas e compromissos, construímos uma matriz semântica no sentido de organizar a polissemia em torno do conceito e propusemos um modelo de perfil do conceito de equilíbrio ecológico aplicado à compreensão das dinâmicas ecológicas e socioecológicas. Esse modelo possui três zonas: 1) equilíbrio providencial único; 2) equilíbrio dinâmico único; e 3) dinâmicas de equilíbrios múltiplos e de não-equilíbrio. Espera-se que o modelo proposto se constitua como uma ferramenta para analisar interações discursivas em salas de aula, auxiliar na tomada de decisão em questões socioambientais e amparar o planejamento de ensino de Ecologia e Ciências do Ambiente no contexto do ensino superior. |