Gestão de pessoas na administração pública: um estudo da legislação, do comprometimento organizacional e do engajamento de servidores públicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Bruna Barbosa de Morais
Orientador(a): Hastenreiter Filho, Horacio Nelson
Banca de defesa: Moscon, Daniela Campos Bahia, Rowe, Diva Ester Okazaki
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26845
Resumo: Ciente do impacto da gestão de pessoas no comportamento e atitude de funcionários e, consequentemente, da sua relevância para o bom funcionamento de uma instituição, esta pesquisa visou analisar a atual execução de dimensões da política de gestão de pessoas na Administração Pública Federal, utilizando-se como exemplo a Controladoria Geral da União – CGU. Também, com base em estudos que descrevem os servidores públicos como pouco eficientes e acomodados, esta pesquisa visou aferir o comprometimento organizacional e o engajamento no trabalho de uma amostra de servidores. Para atingir esses dois objetivos distintos, foi necessário dividir a pesquisa em duas etapas, uma qualitativa e uma quantitativa. A parte qualitativa foi iniciada definindo-se quais dimensões da política de gestão de pessoas seriam analisadas. Chegou-se, então, a um rol de oito dimensões das quais seis foram baseadas na proposta de Demo (2010) – recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho, recompensa, envolvimento e condições de trabalho - e duas foram acrescidas especialmente para este trabalho como proposta da autora, denominadas – penalidades e consciência pública. Em seguida, foi feito o levantamento de todos os artigos da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº 8122 que abordam essas oito dimensões e, então, foi feita a categorização e análise desses artigos discriminando-se as ações e resultados advindos das respectivas determinações legais. Essas ações e resultados foram extraídos de estudos acadêmicos, de relatórios oficiais do governo e de dados conseguidos através da lei de acesso à informação. De posse dessas informações, foi feita uma comparação entre esses achados e a percepção de uma amostra de servidores ativos da CGU. A percepção foi aferida mediante a aplicação de um questionário elaborado para esta pesquisa, o qual obteve 383 respostas, representando aproximadamente 20% da população do órgão. Em paralelo à realização das análises qualitativas, a parte quantitativa do trabalho aferiu o grau de comprometimento organizacional e de engajamento no trabalho dessa mesma amostra de servidores utilizando as escalas de Bastos e Aguiar (2015) e de Siqueira et al (2009), respectivamente. Por fim, foi feita uma interpretação conjunta dos achados identificados nos métodos qualitativo e quantitativo permitindo-se concluir que há fortes indícios para se afirmar que as falhas apontadas na atual execução da gestão de pessoas no setor público são possíveis causas para a baixa disposição (vigor) e concentração (absorção) de uma parcela dos servidores na execução de suas tarefas, bem como para a falta de um vínculo afetivo de alguns desses com o órgão e com o seu trabalho.