Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Mota, Antônio Andrade |
Orientador(a): |
Henrique, Wendel |
Banca de defesa: |
Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de,
Fernandes, Rosali Braga |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17798
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Resumo: |
Nesse estudo analisamos como os condomínios fechados foram se configurando na dinâmica e na estrutura urbana da cidade de Santo Antônio de Jesus – Bahia. É analisado a produção capitalista do espaço geográfico, o uso e apropriação do verde/natureza, a segregação socioespacial, as Leis Federais e Municipais, a espacialização, a ação dos agentes do desenvolvimento urbano e a participação da Prefeitura Municipal na implementação desses empreendimentos que marcam o espaço urbano desse município. Continuando, analisamos como os condôminos veem o condomínio, a rua e a cidade. A partir desses pontos de análise fazemos uma leitura crítica de como esses condomínios fechados têm promovido transformações e dinâmicas sem que medidas cautelares, mitigadoras ou mesmo compensatórias sejam tomadas no sentido de amenizar tais intervenções. A segregação socioespacial tem se manifestado como a mais perversa característica dos condomínios fechados, que têm promovido a separação de uma mesma sociedade, estratificando e excluindo uma grande parte da população, uma vez que essa não tem como pagar pelo que é comumente oferecido. A habitação e o condomínio fechado são mercadorias que devem necessariamente ser adquiridas mediante um pagamento que satisfaça os interesses econômicos dos agentes imobiliários. O “mito da escassez” do solo urbano e do verde/natureza são os elementos simbólicos mais utilizados para o sucesso dos empreendimentos. Assim, também, consumidores utilizando-se do discurso do medo, da violência, da qualidade de vida, da infraestrutura e da localização têm contribuído para um crescimento acelerado dos condomínios fechados. A Prefeitura Municipal tem o dever de controlar essa forma de morar, os agentes imobiliários não podem continuar definindo e produzindo o espaço urbano de forma unilateral. A população civil organizada deve estar atenta e manifestar-se de forma enérgica e contundente contra esses “enclaves fortificados” tão presentes na vida das cidades contemporâneas. Os condomínios fechados com seus muros e guaritas são a materialização de uma sociedade cada vez mais individualista e segregadora. |