Teletrabalho na Receita Federal do Brasil: retrospectiva e prospectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro Júnior, Francisco Lessa lattes
Orientador(a): Hastenreiter Filho, Horacio Nelson lattes
Banca de defesa: Hastenreiter Filho, Horacio Nelson lattes, Ribeiro, Elizabeth Matos lattes, Marback Neto, Guilherme lattes, Altheman, Edman lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
Departamento: Escola de Administração
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36692
Resumo: A Receita Federal do Brasil obteve ainda em 2012 autorização ministerial para adotar, como experiência-piloto, o teletrabalho para os seus servidores. Posteriormente, em 2016, a experiência foi aprovada e o programa de gestão autorizado como prática no órgão, permitindo a sua expansão para diversos processos de trabalho. O crescimento da adesão a essa modalidade de trabalho no órgão foi paulatino. No início de 2020, aproximadamente 10% dos servidores do Brasil estavam no teletrabalho, mas a partir daí o crescimento foi bastante acelerado, quando já se atravessava a emergência de saúde pública em virtude da pandemia do SARS-CoV-2. É objetivo deste estudo contribuir para o aperfeiçoamento do teletrabalho na Receita Federal do Brasil, avaliando objetivamente os resultados do teletrabalho na RFB em dez trimestres (3ºtrim/2019 – 4ºtrim/2021), identificando aspectos relacionados às condições de teletrabalho para o bom desempenho das atividades, especificidades na condução das equipes e, após cruzamento desses dados, apresentar propostas de ajustes ou recomendações a este regime de trabalho. Na pesquisa do tipo descritiva survey, que contemplou ainda duas questões abertas, foram ouvidos servidores da RFB em teletrabalho nos estados da Bahia e Sergipe, que formam a 5ª Região Fiscal. Nos resultados foram encontradas algumas características homogêneas, dispersão no desempenho, comprovou-se incremento na produtividade no teletrabalho, mais consistente quando a liderança se adaptou ao novo contexto, mantendo a coesão da equipe, tendo presença virtual e preservando alguma faixa síncrona de trabalho da equipe. Por regressão identificou-se que a qualidade dos trabalhos tem significativa variação explicada pelas condições para o teletrabalho e pelo intercâmbio e oportunidades de aprendizagem. Foram sugeridos aperfeiçoamentos e revisões nas métricas, preservação de encontros, inclusive presenciais, fornecimento de consultoria pela instituição para melhora ergonômica e de TI nos locais de teletrabalho, preservação da uniformidade de critérios nas concessões e cuidados para manter o senso de pertencimento junto ao órgão. A ampla flexibilidade de horário traz um conjunto de vantagens, mas penaliza o convívio entre as equipes, demandando balizas. Conexões pessoais trazem confiança, já a extrema individualização do trabalho implica em risco à continuidade das equipes no longo prazo.