Proposição de um modelo teórico e de mensuração de habilidades para atuar e liderar equipes virtuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carmo, Eliane Almeida do
Orientador(a): Abbad, Gardênia da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58338
Resumo: O objetivo principal desta tese é propor um modelo de reorganização de categorias de habilidades de trabalho em equipes virtuais, e duas escalas de habilidades. Quatro estudos foram realizados para atingir o objetivo. O primeiro estudo é uma revisão integrativa da literatura, que sintetiza e analisa os achados sobre habilidades de trabalho em equipes virtuais, bem como propõe alterações em um modelo de categorias de habilidades. O segundo estudo avalia um programa de treinamentos por meio de modelos sistêmicos de avaliação de treinamentos e da ferramenta Modelos Lógicos (ML), que contribuiu para demonstrar as relações entre os componentes e as variáveis do programa. O terceiro avalia a qualidade do desenho instrucional do programa, por meio de avaliações de 14 juízes, e o suporte de um roteiro de avaliação, confrontando a teoria, os princípios instrucionais e a literatura de habilidades de trabalho em equipes virtuais. O quarto estudo utilizou um delineamento misto para construir e investigar evidências de validade de duas escalas de habilidades de trabalho em equipe virtual (uma para líder e outra para teletrabalhadores). Os resultados mostraram que as habilidades de trabalho em equipes virtuais podem ser reorganizadas em cinco categorias (comunicação de tarefas e de equipes, confiança intraequipe, colaboração e compartilhamento, gestão da diversidade e de conflitos e autonomia e compartilhamento de liderança), mais consonantes com os achados empíricos atuais (2017-2022). O programa de treinamento avaliado foi relevante para a adaptação dos trabalhadores virtuais no período da pandemia, os conteúdos foram úteis e foi percebida maior satisfação e produtividade, a partir de sua realização. Entretanto, os desenhos dos treinamentos não favorecerem o atingimento dos objetivos no nível do comportamento do egresso. As escalas construídas (Habilidades de Teletrabalhadores de Equipes Virtuais - HTEV e Habilidades de Gestores de Equipes Virtuais - HGEV) foram submetidas a análises fatoriais exploratórias (AFEs) para investivar a validade da estrutura interna. As escalas foram aplicadas on-line em uma amostra de 1.174 respondentes (567 egressos do programa e 607 não treinados). Ambas as escalas são unifatoriais, compostas de 19 itens (HTEV) e 25 itens (HGEV), com boa amplitude de cargas fatoriais (HGEV: 0,608-0,915 e HTEV: 0,542-0,879); e variância total explicada de 70,61% (HGEV) e 59,24% (HTEV). Os índices de consistência interna encontrados foram altos (GLB = 0,993 (HGEV) e 0,982 (HTEV); Ômega de McDonald = 0,982 (HGEV) e 0,961 (HTEV); Alfa de Cronbach = 0,982 (HGEV) e 0,960 (HTEV)). Esta tese avança na literatura sobre habilidades de equipes virtuais, desenho instrucional e avaliação de treinamentos.