Desenvolvimento de ensaio de elisa indireto para detecção especifica de Igg anti-toxocara em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Virgens, Carlos Jose Santos
Orientador(a): Melo, Stella Maria Barrouin
Banca de defesa: Bahiense, Thiago Campanharo, Ayres, Maria Consuêlo Caribé, Teixeira, Márcia Cristina Aquino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20367
Resumo: Diversos são os parasitos intestinais capazes de acometer cães e gatos, e destacam-se aqueles capazes de causar impacto na saúde pública por tratar-se de zoonoses. Dentre eles, o Toxocara canis e o Toxocara cati, agentes causadores das toxocaríases canina e felina respectivamente que são responsáveis pelas síndromes larva migrans visceral e ocular do homem. Os animais domésticos integram o ciclo evolutivo como hospedeiros definitivos criando focos de transmissão em ambientes comuns ao lazer humano. As infecções podem produzir uma gama de sinais clínicos que variam desde um quadro subclínico até a morte do animal. O propósito do presente estudo foi desenvolver um método de ensaio imunoenzimático de ELISA indireto com especificidade ótima para o diagnóstico de toxocaríase em cães, determinada pela absorção de imunoglobulinas que reagem cruzadamente com antígenos associados a outras parasitoses. Foram selecionados 140 cães em condições de risco de infecção para determinação da soroprevalência de toxocaríase através do ensaio imunoenzimático indireto (ELISA). Os resultados do ELISA foram comparados à frequência parasitária obtida por exames coprológicos pela técnica de Willes-Molay e Sedimentação espontânea. Para realização do ELISA indireto, padronizou-se o teste com antígeno excretório-secretório de T. canis, produzido a partir de larvas dos parasitos. Durante o desenvolvimento do método ELISA, foi incluída uma etapa em que amostras de soro foram absorvidas em antígenos de Ascaris lumbricoides, Trichuris sp., Ancylostoma caninum e Dipylidium caninum para minimizar a reatividade cruzada e aumentar a especificidade do teste. A análise parasitológica evidenciou 70,7% de amostras fecais positivas, distribuídas como infecções individuais por Trichuris sp em 28,57%, Ancilostomídeos em 9,29%, T. canis em 1,43%, Cystoisospora em 0,7%, além de infecções mistas. As condições ideais para realização da sorologia foram padronizadas, absorvendo as amostras com 4 mg/ml de antígeno somático dos demais parasitos, sensibilização com 3 µg/mL de Antígeno excretório/secretório de T. canis, diluições dos soros e anticorpo secundário em 1:1000 e 1:2000 respectivamente. A soroprevalência foi determinada em 61,4% (86/140), utilizando o ponto de corte de 0,275. A sensibilidade do teste ELISA foi determinada em 100% e a especificidade em 94,44%. Evidenciou-se, portanto, uma baixa positividade do exame parasitológico contrapondo-se à alta soropositividade de detecção de animais com toxocaríase. Assim, o ELISA desenvolvido no presente estudo contribui para atender ao necessário desenvolvimento de novos testes diagnósticos específicos, capazes de diagnosticar principalmente os animais em estágios subclínicos, devido ao impacto que podem acarretar à saúde pública. Concluímos que os exames sorológicos devem ser empregados para complementar o diagnóstico parasitário canino e principalmente auxiliar na elaboração de medidas profiláticas.