Gibi, o aparelho ideológico quadrinizado: considerações sobre a diversidade discursiva e o caráter instrutivo-educativo nas histórias da Turma da Mônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santana, Erivelton Nonato de
Orientador(a): Souza, Iracema Luiza de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29252
Resumo: O presente trabalho realiza uma análise das relações estabelecidas entre discurso, sujeito e enunciação, aí destacando a influência da ideologia. A Análise do Discurso de linha francesa forneceu o principal referencial teórico para a realização desta pesquisa, implementada a partir de uma perspectiva histórico-discursiva. Observa-se a linguagem em contextos sociais reproduzidos ficcionalmente pelas histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, criadas por Maurício de Sousa. Além da fundamentação teórica referida, são utilizados conceitos oriundos da Teoria da Enunciação e dos estudos sobre Ideologia. O trabalho contém, ainda, algumas considerações acerca dos conceitos sobre ideologia, e um quadro panorâmico do trajeto histórico da nona arte aqui no país, o qual buscou mostrar a importância e a influência deste produto cultural na sociedade brasileira ao longo das décadas. Assim, o estudo evidencia que a história em quadrinhos é um aparelho ideológico capaz de disseminar idéias, comportamentos e pontos de vista marcados por ideologias diversas. Além disso, as histórias da Turma da Mônica que compõem o corpus da pesquisa evidenciam a presença de um discurso de caráter educativo, aspecto que permeia toda a produção quadrinizada de Mauricio de Sousa. Desse modo, os resultados da investigação revelam que os conteúdos ideológicos observados nas histórias emergem da memória discursiva coletiva e das práticas sociais desenvolvidas pelos sujeitos no processo de interação social, fatores que contribuem para evidenciar a influência exercida pela ideologia enquanto fenômeno social presente e atuante nos diversos contextos sócio-culturias em que a linguagem está inserida.