Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Priscila Martins |
Orientador(a): |
Kikuchi , Ruy Kenji Papa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22531
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Resumo: |
As mais recentes mudanças que o planeta Terra vêm sofrendo são os preocupantes eventos climatológicos globais das últimas décadas e estes têm gerado um grande esforço de pesquisadores no sentido de entender a dinâmica geológica de tais fenômenos. Na zona costeira e nas plataformas continentais os efeitos mais sensíveis são as alterações na temperatura da superfície do mar e no nível relativo do mar. Os prognósticos sobre o comportamento dos parâmetros ambientais são feitos com base em modelos que se baseiam nas condições atuais e passadas do clima do planeta. Os corais constituem um rico arquivo da variabilidade oceanográfica da região tropical e as variações do nível do mar é resposta a estas mudanças, neste contexto, as espécies Mussismilia braziliensis e Siderastrea spp. utilizadas neste estudo, reunidos com dados obtidos de outros autores, representaram o espaço de tempo desde aproximadamente 8000 anos A.P. até o Recente. Neste trabalho, a curva que representa as flutuações do nível médio do mar mostra uma tendência de suavização da primeira oscilação de alta frequência, a não ocorrência da segunda. Contudo a curva mostra que o nível médio do mar sempre esteve acima do nível atual nestes últimos milênios. Em relação a utilização dos corais como indicadores paleoambientais foram apresentados registros de 18O e 13C utilizando resoluções temporais que representam o período recente e diferentes períodos no Holoceno tardio. No presente trabalho a relação dos isótopos do coral Recente e os parâmetros ambientais característicos da área onde viveu, através de estudos climatológicos, foi satisfatória. Nesta investigação foi visto um comportamento inverso entre TSM e o 18O, demonstrando que a incorporação do 18O é altamente dependente da TSM, embora não feita de maneira imediata. A importância da pluviosidade foi avaliada, verificou-se que o aumento do 18O causado pela diminuição das chuvas e o consequente aumento da disponibilidade deste isótopo pode interferir nessa relação inversa. Esta relação inversa entre a pluviosidade e 18O é melhor identificada levando-se em consideração uma defasagem para a incorporação do 18O. Este estudo sugere que a TSM é o principal fator ambiental que controla a incorporação do 18O no coral. Além disso, foi verificado que outros fatores podem afetar o δ18O do coral, como efeitos metabólicos relacionados aos corais investigados através da extensão anual média. No Holoceno tardio, as variações de δ13C acompanharam períodos históricos relatados por outros autores, logo a tendência do 13C nos corais aqui registrados está em conformidade com a tendência global de δ13C em outras partes do mundo. Os resultados mostraram que a temperatura no Holoceno tardio pode ter sido cerca de 0,2°C maior, não tão diferente dos dias atuais, além disso, verificou-se que a temperatura nesta época variou de forma diferente, ou seja, a mudança entre semestres quentes e frios, variava com menor amplitude e frequência que os dias atuais. |