Balé Jovem de Salvador: uma companhia de formação em dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Luz Júnior, Matias
Orientador(a): Aquino, Rita Ferreira de
Banca de defesa: Aquino, Rita Ferreira de, Lima, Suzane, Brandão, Ana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29151
Resumo: A pesquisa tem como objeto de estudo as experiências artísticas desenvolvidas durante os dez anos de existência do Balé Jovem de Salvador (BJS) na perspectiva de reconhecer os processos de aprendizagem contidos nestas experiências e que resultam na qualificação de jovens no campo da Dança. O BJS vem se organizando como uma companhia de Dança que visa colaborar com a participação social de jovens bailarinos no campo da Dança, buscando estreitar possíveis distâncias entre instituições de formação e companhias, grupos e coletivos artísticos. Nesta perspectiva, nos perguntamos: como um companhia de Dança pode se constituir como um ambiente de formação? O objetivo da pesquisa é sistematizar a prática artística desenvolvida pelo BJS e discuti-la como experiência significativa para a formação de jovens. Toma-se como metodologia a pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011), definida a partir de sua natureza qualitativa e social de base empírica, na qual as relações entre pesquisadores e os demais sujeitos envolvidos na situação investigada caracterizam-se pelo engajamento e participação. Nesta investigação, identificamos elementos constitutivos da praxis exercida pela companhia que articulam-se interdisciplinarmente: a autonomia do sujeito, a produção artística e a participação política. Enfatizamos a dimensão educativa da experiência artística no sentido de demonstrar como experiências artísticas podem constituir processos de aprendizagem. Para dar corpo à discussão, nos debruçamos sobre os seguintes conceitos: dialogia a partir da obra do educador Paulo Freire (1967, 1987, 1996); experiência, a partir das constibuições do filósofo John Dewey (2010a, 2010b) e do professor de filosofia da educação Jorge Larrosa (2002); emancipação na perspectiva do filósofo Jacques Rancière (2002); bem como o conceito de cooperação por meio das reflexões propostas pelo sociólogo Richard Sennet (2012). Finalmente, apresentamos a sistematização da práxis artística da companhia abordando questões conceituais, procedimentais e atitudinais por meio de observação participante, e colocando em relevo as implicações estético-políticas da investigação. A expectativa é de que o debate sobre o papel de uma companhia de formação em Dança possa contribuir com instituições educacionais e reflexões no âmbito de políticas públicas culturais.