Uma fronteira sutil: entre o projeto do novo e a conservação do existente - Brasil e Itália no século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Calabrese, Federico
Orientador(a): Andrade Junior, Nivaldo
Banca de defesa: Azevedo, Paulo Ormindo David de, Carsalade, Flávio de Lemos, Varagnoli, Claudio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27632
Resumo: A pesquisa investiga a relação entre duas culturas aparentemente diferentes: a da conservação do existente e a do projeto do novo. Realiza-se uma primeira aproximação inteiramente dentro do âmbito da restauração e conservação, através do pensamento dos principais teóricos atuais destes campos disciplinares.O trabalho examina as questões teóricas que esse dualismo traz, que podem ser consideradas como palavras-chave - tradição, continuidade, história - e que se condensam na prática projetual através do modus operandi do construir no construído. Isso é feito a partir da experiência projetual e da especulação teórica de três mestres do século passado, que representam, em primeiro lugar, as duas áreas geográficas da pesquisa – o Brasil e a Itália - com três protagonistas: Lucio Costa para o Brasil, Ernesto Nathan Rogers para a Itália e Lina Bo Bardi como ponte entre os dois países. Isso traz algumas questões cruciais na nossa pesquisa: a relação entre a teoria e a prática projetual; como, e se, em uma sociedade altamente fragmentada e instável como a nossa, ainda faz sentido falar sobre teoria no campo disciplinar da arquitetura, que para nós também inclui o campo da restauração e conservação. Finalmente, através da análise de projetos que intervém no construir no construído nas duas áreas geográficas da pesquisa (Brasil e Itália), tentamos entender se e como as novas gerações de arquitetos conseguem resolver esta relação delicada entre duas culturas que durante muito tempo foram consideradas antitéticas e que, para alguns estudiosos, ainda são. São projetos deste século e de arquitetos que não têm formação específica nas áreas da restauração e conservação, mas atuam de forma cuidadosa, com sensibilidade e com rigor ao se aproximar do texto histórico, mas sem cair na armadilha da imitação e sempre afirmando, com o projeto, um ato de cultura contemporânea. Ao longo do texto essas tramas descritas vão entrelaçando-se de forma não linear, criando conexões inesperadas que dão vida a uma história genealógica capaz de ser lida a partir do final ou desde o meio da narrativa, que, como as tramas tecidas que compõem esta história, pode ser comparada a um emaranhado sem fim nem começo.