Linguagem e retórica em Rousseau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Sergio Bernardo de
Orientador(a): Moura, Mauro Castelo Branco de
Banca de defesa: Silva, Genildo Ferreira da, Costa, Israel Alexandria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26286
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo investigar a teoria da linguagem de Rousseau. Buscar-se-á entender como Rousseau articula seu pensamento presente nas obras: Ensaio sobre a origem das línguas e no Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, levando em consideração também outras obras do autor. Para tanto, em um primeiro momento procurar-se-á entender a contribuição de Platão e Condillac para a consolidação do pensamento do Genebrino. Platão contribuiu para a concepção de uma linguagem como função política e Condillac foi o primeiro a lhe fornecer ideais para a formulação de sua teoria linguística. Em um segundo momento, investigar-se-á o desenvolvimento da linguagem proposto por Rousseau. A linguagem é um processo que passa por três estágios: grito de natureza, gestos e por último, articulação da voz. Não se pode deixar de lado a sua relação com a música, ou seja, a música é apresentada como paradigma na qual a linguagem é pensada. Com isso, além de provocar Rameau, ao dizer que a melodia é mais importante do que a harmonia, Rousseau também, se diferencia da concepção clássica da linguagem que acredita numa linguagem como representação. Mas, assim como a música, a linguagem também passa por um processo de decadência. Ao se estabelecer no meio social, as línguas perdem suas capacidades: melódicas e persuasivas. Quando entra em jogo a gramática, a linguagem passa a ser racional e menos sentimental, o que interessa será o uso da força, não mais se convence como nos tempos antigos.