DESTERRITORIALIZAÇÃO ENRAIZADA: EXPERIÊNCIAS DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA NAS FRONTEIRAS DA ARGENTINA E DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Navarro, Veronica Daniela lattes
Orientador(a): Amoroso, Daniela Maria lattes
Banca de defesa: Amoroso , Daniela Maria, Dominici Leite, Eliosa, De lima Silva, Renata, Bugallo, Lucila, Vilca, Mario
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: EDUFBA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37249
Resumo: Esta tese tem como objetivo analizar processos criativos em dança que partem de matrizes estéticas e motrizes afroameríndias nas fronteiras da Argentina e do Brasil, especificamente Humahuaca, Jujuy e Salvador da Bahia. A partir de procedimentos metodológicos que se aproximam da prática-performativa, adentrando nas manifestações culturais entendidas como performances. Especificamente trabalho no contexto do Carnaval de Huamhuaca, realizando uma descrição e análise da cosmopercepção andina e afro-americana, especificamente banto, a partir da idéia de Pacha e em relação com a noção de tempo-espaço analisado a partir do cosmograma banto-kongo. Re-danço minha prática neste escrito, como dançarina-educadoracapoerista das danças andinas e afrobrasileiras e coloco em questão as formas institucionalizadas das danças ditas folclóricas, tensionando arquivos a partir dos repertórios de corpos atuais. O trabalho procura desestabilizar formas cartesianas de pesquisa, criação e produção em dança, evidenciando racismos e sexismos na construção histórica de danças que estabeleceram formas de ser, disciplinando os corpos e criando imaginários identitários. Uma das idéias que atravessam o trabalho é que a partir das novas possibilidades de dançar que surgem nas festas, nas formas coletivas de se organizar para dançar, nas produções e criações em comunidades artísticas é possível desestabilizar arquivos e repensar repertórios corporais, que possibilitem danças múltiplas e diversas para todas as corporeidades.