Melhora Da Adesão Empregando Decisão Compartilhada No Tratamento Do Tabagismo, Em Salvador, Bahia. Ensaio Clínico Randomizado Aberto Controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ticona, Juan Pablo Aguilar
Orientador(a): Andrade, Tarcísio Matos de
Banca de defesa: Cardeal, Maurício, Rocha, Ana Tereza, Machado Neto, Adelmo de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós Graduação em Medicina e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29097
Resumo: O tabagismo é um problema de saúde pública no mundo. No Brasil, apesar das facilidades do tratamento oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS); as pesquisas que avaliaram este programa mostram taxas de participação e de cessação baixas. A Decisão Compartilhada (DC) é uma estratégia que inclui a discussão do tipo de tratamento a ser adotado junto com o paciente, para melhorar a autonomia deste último e a qualidade do atendimento. Objetivo: Comparar a adesão ao tratamento do tabagismo entre dois grupos de pacientes: grupo controle - o tipo de tratamento adotado foi escolhido pelo médico e grupo experimental - o tipo de tratamento adotado foi escolhido empregando DC. Método: Ensaio clínico randomizado, aberto, de 12 semanas de seguimento, em dois centros de saúde especializados no tratamento do tabagismo, na cidade de Salvador–Bahia, Brasil. Foram recrutados 104 participantes e os recursos terapêuticos empregados foram os preconizados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA): Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), acompanhada ou não de terapia medicamentosa (adesivo de nicotina ou bupropiona). Resultados: 84 pacientes completaram o seguimento. Pacientes com DC de acordo à escala MG, tiveram uma melhor adesão, comparado aos controles (42,9% vs 8,8% p = 0,001), mostrando uma Redução Absoluta de Risco (RAR) para não adesão ao tratamento de 44,1% (IC= 22,3 a 65,9) e um Número Necessário para Tratar (NNT) de 3 (IC 2 a 5) para ter um paciente aderente. A participação na TCC no primeiro mês foi maior no grupo de DC (97,5% vs 75,5%; p=0.04) mas no terceiro mês foi similar. Ao final do seguimento, o abandono foi maior no grupo controle (15,0% vs 38,6%; p=0,015) com um RAR de 29,7% (IC = 7,8% - 51,5%). Desfechos secundários só mostraram diferença estatisticamente significante na redução do consumo de cigarros durante o primeiro mês de tratamento (15,4 cigarros vs 10.5 cigarros, p = 0.026). O índice de concordância entre as escolhas mostrou que não houve diferença no tipo de tratamento escolhido por DC Conclusão: A DC melhora a adesão do paciente ao uso adequado de medicações, influenciando em 1 de 3 paciente que empregam algum tipo de medicação; o uso de TDC para tratar dependência de tabaco não se afasta dos critérios do INCA, de acordo ao índice de concordância. Os desfechos secundários, ainda não são conclusivos, mas mostram uma melhoria proporcional no primeiro mês de tratamento.