Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jamyle Rocha Ferreira Souza |
Orientador(a): |
Muniz, Márcio Ricardo Coelho |
Banca de defesa: |
Maleval, Maria do Amparo Tavares,
Lima, Francisco Ferreira de,
Vieira, Nancy Rita Ferreira,
Ornellas, Sandro Santos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26592
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Resumo: |
O presente trabalho procura analisar cortesania e rusticidade como duas convenções literárias distintas nas obras de Juan del Encina (1468-1529), Lucas Fernández (1474-1541) e Gil Vicente (1465?-1536?). As três dramaturgias em questão revelaram uma predileção pelo topos do rústico na corte. A opção estética dos nossos dramaturgos se renova justamente quando faz representar no espaço cortesão rústicos que se aproximam da realidade do universo campesino, distantes da tradição bucólica que privilegiava uma visão idealizada, revelada principalmente na figura do pastor. Essa opção estética pode ser compreendida, segundo o crítico espanhol José María Díez Borque (1987), como um “salto mortal”, uma vez que confronta a privilegiada estimativa literária da poesia cortesanesca e cumpre um fim imediato de divertir a nobreza ociosa. Desse modo, os três autores, cada um a seu modo, rompem os limites sociais da cortesia e multiplicam as possibilidades literárias no espaço dramático. Nesse sentido, fazer dialogar as três dramaturgias possibilita uma visão mais abrangente de como se deu na cena ibérica o processo de reconhecimento do “estilo rústico” enquanto estética valorizada, confrontando a poética culta cortesã. |