Bloqueio ecoguiado do quadrado lombar versus anestesia epidural lombossacral, em gatas submetidas à ovariohisterectomia eletiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mangabeira, Ravena de Oliveira lattes
Orientador(a): Lima, Alessandra Estrela da Silva
Banca de defesa: Oliveira, Alice Rodrigues de, Thiesen, Roberto, Nunes, Talyta Lins, Lima, Alessandra Estrela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41171
Resumo: A anestesia epidural lombossacral (AEL) é a técnica neuroaxial mais utilizada para anestesia abdominal e suas contraindicações são bem estabelecidas. O bloqueio ecoguiado do quadrado lombar (BQL) promove anestesia da parede e vísceras abdominais, sem afetar a locomoção do paciente. Apesar da efetividade descrita na medicina humana, há poucos estudos clínicos que avaliaram o BQL em felinos encontrando-se, em suma maioria, apenas ensaios cadavéricos. Objetivou-se com este estudo comparar os efeitos fisiológicos e sobre a qualidade da recuperação do BQL com a AEL, em gatassubmetidas à ovariohisterectomia (OH) eletiva. Para tal, 20 gatas foram randomicamente alocadas em dois grupos (n = 10), designados: GEL, tratado com anestesia epidural lombossacral com 0,4 ml/kg de levobupivacaína 0,25% e GQL, tratado com bloqueio ecoguiado do quadrado lombar com 0,3 ml/kg de levobupivacaína 0,25% por hemiabdômen. As gatas foram pré-medicadas com 3 mcg/kg de dexmedetomidina, por via intramuscular (IM) e 0,1 mg/kg de meloxicam por via subcutâneo (SC). Os animais foram induzidos à anestesia com propofol na dose de 1 mg/kg a cada 10 segundo até relaxamento mandibular satisfatório, procedendo-se a manutenção anestésica com o mesmo fármaco, em infusão contínua. Foram registrados os parâmetros: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (ƒ), pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração (EtCO2), saturação da oxihemoglobina (SpO2), pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) e a taxa de infusão de propofol. Os registros foram realizados imediatamente antes da incisão de pele (T1); ao final celiotomia (T2); após pinçamento do pedículo ovariano direito (T3); após pinçamento do pedículo ovariano esquerdo (T4); após pinçamento da cérvix uterina (T5); no início da sutura da musculatura (T6) e no início da sutura de pele (T7). Ao final da anestesia, foi calculada a taxa média de infusão de propofol. Durante todo o procedimento a temperatura dos animais foi mantida entre 37 e 38°C. Foram avaliados na recuperação anestésica o intervalo decorrido dentre a finalização da oferta anestésica e extubação (TA); primeira movimentação da cabeça (TB), estabelecimentos dos posicionamentos esternal (TC) e quadrupedal (TD). A analgesia, avaliada por meio da Escala Multidimensional para Avaliação de Dor Aguda em gatos, e o grau de sedação foram registrados durante 6 horas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação aos parâmetros fisiológicos (p > 0,05). Para GEL e GQL, foi descartada a necessidade de resgate analgésico intraoperatório. Ambas as técnicas promoveram conforto analgésico e qualidade da recuperação satisfatórios. O BQL com levobupivacaína 0,25% é alternativa seguro e eficaz à AEL, em gatas submetidas à ovariohisterectomia.