Apropriação dos espaços de interação social e criminalidade no bairro Nordeste de Amaralina – Salvador/BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Leal Neto, Fernando Caria
Orientador(a): Gomberg, Estélio
Banca de defesa: Gomberg, Estélio, Mandarino, Ana Cristina de Souza, Sousa, Adrianyce Angélica Silva de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Direito
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Segurança Pública Justiça e Cidadania
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20767
Resumo: A presente dissertação dispôs a identificar e analisar as questões em torno dos problemas causados pela urbanização desordenada, na perspectiva da segregação socioespacial, da desorganização social e da fragilização do controle social informal, que podem concorrer para tornar a comunidade vulnerável a determinadas práticas delituosas. Como consequência, examinou-se a percepção da comunidade acerca da atuação da Base Comunitária de Segurança instalada no Nordeste de Amaralina, em especial quanto à melhoria na sensação de segurança dentro do Bairro. A abordagem metodológica foi de natureza qualitativa, uma vez que foram abordadas as relações das pessoas com os espaços públicos abertos, a questão da exclusão socioespacial, o crime e sua prevenção através de intervenções urbanísticas que reforcem o controle social informal. E dentro da ótica da Segurança Pública, esta abordagem levou em consideração, após a contextualização socioespacial do Nordeste de Amaralina, o desenvolvimento das interações sociais ocorridas a partir da implementação da Base Comunitária de Segurança, em 27 de setembro de 2011. Em termos teóricos, a pesquisa trabalhou a noção de cidade, suas funções e o delineamento da concepção de espaços de interação comunitária, abordou as relações entre o processo de urbanização e a criminalidade. Nesse sentido, a partir das concepções de desorganização social e cidade criminógena, oriundas da Escola Sociológica de Chicago, foram trazidas algumas contribuições teóricas de prevenção ao crime a partir do espaço público. São elas, a ideia de “Olhos na rua”, a do Desenho Ambiental – CPTED, e a política de territorialização que vem sendo adotada no Brasil, caracterizada pela ocupação das comunidades com bases comunitárias, na Bahia, ou Unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro. O resultado da investigação trouxe indicativos de baixa interação social entre os moradores das diversas áreas do Nordeste de Amaralina, mesmo após a instalação das Bases Comunitárias de Segurança. Além disso, em relação à configuração espacial e à luz das teorias apresentadas, foi identificada a necessidade de intervenções profundas no sentido de facilitar a sociabilidade e a circulação das pessoas, interna e externamente.