Prevalência da apneia obstrutiva do sono na asma e efeitos do treinamento muscular inspiratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Landeiro, Renata Brito lattes
Orientador(a): Gomes Neto, Mansueto lattes, Machado, Adelmir de Souza lattes
Banca de defesa: Gomes Neto, Mansueto lattes, Machado, Adelmir de Souza lattes, Gaspar Sobrinho, Fernando Pena lattes, Castro, Iza Cristina Salles de lattes, Alves, Iura Gonzalez Nogueira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36759
Resumo: A AOS e a asma são duas condições clínicas respiratórias bastante prevalentes em todo o mundo e se sobrepõem com comorbidades semelhantes e fisiopatologia subjacente, o que potencializa as duas condições. Objetivo: avaliar a prevalência global da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) em asmáticos e os efeitos do Treinamento Muscular Inspiratório (TMI) na redução do Índice de Apneia e Hipopneia (IAH), na melhora da espirometria, na otimização da força muscular respiratória, na qualidade de vida e do sono de pacientes com AOS. Métodos: realizou-se duas revisões sistemáticas com meta-análise. Pesquisou-se em seis bancos de dados: EMBASE, PUBMED/MEDLINE, Cochrane Library, Physiotherapy Evidence Database, Periódicos CAPES e Scielo, desde a data mais antiga disponível até setembro de 2022. Selecionou-se os estudos de coorte e cortes transversais para analisar a prevalência da AOS em asmáticos e ensaios controlados randomizados (ECRs) para avaliar os efeitos do TMI em pacientes com AOS. A qualidade dos estudos de prevalência foi avaliada utilizando a Ferramenta de Avaliação Crítica de Estudos com dados de prevalência do Joanna Briggs Institute e a qualidade dos ECRs pela Escala PEDro. Diferenças de médias, diferenças de médias padrão e intervalos de confiança foram calculados. Resultados: com relação aos dados da prevalência da AOS em asmáticos, dos 223 artigos inicialmente encontrados, foram avaliados para elegibilidade 7 estudos que incluíram 639 pacientes asmáticos de diferentes gravidades. Duzentos e trinta e nove pacientes asmáticos apresentaram AOS, representando 37,4% da amostra estudada. Artigo 2: nos 14 ECR, observou-se que o TMI melhorou a pressão inspiratória máxima MD (32 cmH2O 95% CI: 16,1 a 48,0); a capacidade vital forçada (CVF) DM (8,8% previsto IC 95%: 1,4 a 16,3), reduziu o Índice de Apneia e Hipopneia (IAH) em -2,7 eventos/h (IC 95%: -4,3, -1,1), assim como houve redução nos escores da Escala de Sonolência Excessiva Diurna de Epworth em -4,8 (IC 95%: - 9,9, -0,33, na pressão arterial sistólica em -9,7 mmHg (IC 95%: -14,3, -5,0), na pressão arterial diastólica em -5,6 mmHg (IC 95%: -8,8, -2,4) e Índice de Qualidade do sono de Pittsburgh em -2,7 (IC 95%: -3,5, -1,9). Nenhum evento adverso grave foi relatado. Conclusão geral: de acordo com os estudos selecionados, pode-se observar que a prevalência mundial da AOS em pacientes com asma é alta. Além disso, vale salientar que, os pacientes com a forma grave da doença demonstraram ter uma maior prevalência de AOS em comparação com pacientes de asma leve a moderada. Observou-se também que o TMI é eficaz no aumento da força muscular inspiratória, na redução do IAH, na qualidade do sono, na otimização da CVF e na redução da pressão arterial. Além disso, a adição de TMI ao exercício convencional pode ser eficaz na melhora da força muscular inspiratória e nos domínios mentais da qualidade de vida em comparação ao exercício convencional isolado em pacientes com AOS. Entretanto, mais estudos são necessários para determinar as dosagens ideais e a duração do efeito.