Intervenção Fonoterapêutica em Pacientes com Sequela de Leishmaniose Mucosa e Cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Machado, Famiely Colman Machado de lattes
Orientador(a): Lessa, Marcus Miranda
Banca de defesa: Gaspar Sobrinho, Fernando Pena, Barcelos, Renata Oliveira de, Varela, David Greco, Lessa, Marcus Miranda, Cincurá, Carolina
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Voz
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40198
Resumo: INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Tegumentar é uma doença estigmatizante, considerada um grave problema de saúde pública. Apresenta três formas clínicas clássicas, dentre elas as formas Cutânea e a Mucosa. A primeira afeta principalmente os membros superiores e inferiores, com lesões ulceradas, que podem ser múltiplas ou únicas. Já a segunda, atinge o trato respiratório superior, com lesões destrutivas, que podem afetar a voz, deglutição e a respiração dos pacientes. OBJETIVO: Caracterizar a voz e verificar a resposta vocal à intervenção fonoterapêutica dos pacientes com sequela de Leishmaniose Mucosa e sequela de Leishmaniose Cutânea. MÉTODOS: Foi coletada a emissão vocal /a:/ de 22 participantes de cada grupo (total de 44 casos) para a análise computadorizada da voz através do programa Real Time Spectrogram da Kay PENTAX® e do Multi Dimensional Voice Program Advanced e para análise perceptivoauditiva, através da escala RASATI. RESULTADOS: Antes da fonoterapia, os participantes com Leishmaniose Mucosa tiveram resultado estatisticamente significativo, onde 5 (27,7%) participantes apresentaram qualidade vocal astênica, e alteração dos parâmetros de medidas de frequência, perturbação de frequência, ruído e medidas de sub-harmônicos. Já dos participantes com Leishmaniose Cutânea, 8 (36,4%) apresentaram instabilidade vocal de grau 1. Após a fonoterapia, viu-se que os pacientes com Leishmaniose Cutânea apresentaram redução no grau de aspereza e melhora nos parâmetros acústicos de perturbação de frequência. O grupo com sequela de Leishmaniose Mucosa apresentou redução das medidas de segmentos sub-harmônicos. Apenas o grupo com sequela de Leishmaniose Cutânea teve resultados estatisticamente significativos quanto à espectrografia, com melhora dos seguintes parâmetros: intensidade da cor do traçado, presença de ruído, substituição de harmônicos por ruído, definição e regularidade de harmônicos, regularidade das baixas frequências e de todo o espectrograma e para anti-ressonância. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao Perfil do Comportamento vocal. CONCLUSÃO: Os dois grupos apresentaram alterações vocais em diferentes graus antes da terapia vocal, sendo que os pacientes com Leishmaniose Mucosa apresentam graus mais severos. Após a intervenção fonoaudiológica, os participantes com sequela de Leishmaniose Cutânea tiveram mais benefícios vocais após a execução da técnica, possivelmente por não apresentarem lesões no trato vocal.