Avaliação da capacidade imunomoduladora do antígeno recombinante rSm29 na hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vieira, Thaillamar lattes
Orientador(a): Castellucci, Léa Cristina de Carvalho lattes
Banca de defesa: Pimentel, Bárbara de Castro Figueiredo lattes, Castellucci, Léa Cristina de Carvalho lattes, Trindade, Soraya Castro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39923
Resumo: A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica, insidiosa e de difícil tratamento, especialmente nas suas formas reacionais, o que tem instigado o desenvolvimento de novos fármacos, especialmente imunobiológicos no seu tratamento. O antígeno recombinante do Schistosoma mansoni (rSm29) tem apresentado função imunorreguladora, pela indução de IL-10 e capaz de modular respostas inflamatórias com perfil Th1 e Th2, demonstradas em doenças como asma, leishmaniose e HTLV-1.Com o objetivo de entender como este antígeno se comportaria na Hanseníase, este estudo buscou avaliar o papel modulador do rSm29 na doença.Foi realizado um estudo piloto, modelo transversal com casuística de 17 pacientes com hanseníase. Após coleta de sangue, ocorreu a separação das CMSPs e incubação por 72 horas em quatros grupos categorizados de acordo com diferentes estímulos: Sem estimulo, M. leprae, M. leprae+rSm29 e rSm29. Posteriormente, realizamos a extração de RNA com TRIzol, a conversão para cDna e PCR em tempo real (qRT- PCR) utilizando o método Taqman® para os genes alvos (TLR2, TLR4, IL-10 e TNF) e imunoensaio Bioplex® para dosar importantes marcadores imunológicos da doença. A expressão gênica do gene TLR2 foi maior no grupo co-estimulado com M. leprae + rSm29 em relação ao M. leprae e significativo quando comparado ao grupo não estimulado (meio) (p = 0,0317). Por outro lado, a expressão de TLR4 foi maior em culturas na presença do antígeno M. leprae em comparação com culturas não estimuladas (p = 0,0159) e co-estimuladas (p = 0,0317).Observamos também que a expressão do gene de IL10 foi maior nas culturas na presença dos antígenos e significativo quando comparado o M. leprae + rSm29 com culturas sem estímulo (p = 0,0159). Em relação à expressão do TNF, não houve variação significativa entre os grupos. Os resultados mostram diferenças significativas nas concentrações dos marcadores nos sobrenadantes co-estimulados com os dois antígenos em comparação ao M. leprae sonicado no grupo PB observadas em G-CSF, GM-CSF, IFN-γ, TNF-α. 17.Além das diferenças significativas observadas nos mediadores da resposta imune anteriores, as citocinas e quimiocinas IL-1β, IL-2, IL-4, IL-5, IL-, foram observados também diferença significante na estimulação apenas com o antígeno recombinante versus a condição M. leprae + rSm29 no grupo PB.Em conclusão principal, a adição do antígeno rSm29 ao M. leprae em cultura de pacientes com hanseníase colaborou ao desenvolvimento de uma resposta celular do tipo Th1. Essa resposta poderia ajudar pacientes com hanseníase a fazer um melhor controle da infecção micobacteriana, assim favorecendo a forma mais branda da doença.