Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gallo, Priscila Maria |
Orientador(a): |
Magalhães, Luíz César Marques |
Banca de defesa: |
Chada, Sonia Maria Moraes,
Abib, Pedro Rodolpho Jungers,
Tourinho, Ana Cristina Gama dos Santos,
Candusso, Flávia Maria Chiara |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Música da UFBA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Música
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26342
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Resumo: |
A cultura musical da capoeira apresenta processos que envolvem narrativas e personagens, que, através da transmissão oral, permitem que uma tradição perpasse décadas e permaneça através das gerações, usando procedimentos como observação, imitação, repetição, correção e erro, que caracterizam tais ambientes de educação. Esta tese é fruto de uma pesquisa em Educação Musical vinculada ao Programa de PósGraduação da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, PPGMUS UFBA, e tem como personagem principal Mestre João Pequeno de Pastinha. Mais especificamente está ligada à subárea educação musical em ambientes sócioculturais de transmissão e tradição oral de ensino, é um estudo de caso qualitativo e descritivo de práticas musicais de capoeira angola na Academia de João Pequeno de Pastinha, localizada no Centro Histórico de Salvador, BA. O objetivo foi identificar, sistematizar e analisar os processos de ensinar e aprender música neste ambiente. Os dados, colhidos entre 2013 e 2016, foram extraídos de publicações acadêmicas sobre capoeira e educação; pesquisa de campo, com entrevistas direcionadas a um ex-aluno do Centro Esportivo de Capoeira Angola, CECA, fundado por Mestre Pastinha, e a mestres, contramestres, discípulos e familiares de Mestre João Pequeno. Mesmo depois do seu falecimento em 2011, este continua uma das principais referências da capoeira angola, com filiações de seu trabalho em todo o Brasil, países da Europa e América do Norte. O texto traz primeiramente uma abordagem crítico/histórica sobre as representações sociais desta prática popular afro-brasileira originalmente marginal, mas que se tornou patrimônio da humanidade e instrumento pedagógico, com possibilidades de utilização em disciplinas escolares, entre elas, a educação musical. Em seguida, o trabalho apresenta uma descrição dos procedimentos de ensino e aprendizagem de música utilizados nesta capoeira. A análise sugere que os valores de cooperação, respeito e autonomia, presentes nesta prática musical, contrapõem-se a valores de padronização e às relações de dominação tão impregnadas na escola tradicional. |