Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Paulo Henrique Martins de
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Orientador(a): |
Souzas, Raquel
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Banca de defesa: |
Souzas, Raquel
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Alves, Daniela Arruda Soares
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Santos, Marcia Pereira Alves dos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS)
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40050
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Resumo: |
Esta pesquisa analisou os itinerários terapêuticos de adultos negros, com necessidades odontológicas, residentes em áreas periféricas no município de Vitória da Conquista–Ba, durante o período da pandemia de COVID-19. A busca de dados realizada coletou entrevistas de 14 participantes, autodeclarados pretos ou pardos, de acordo com a classificação do IBGE, em outubro de 2022. A análise dos dados fundamentou-se na compreensão das narrativas, utilizando a metodologia, proposta por Fontanella (2011), na interpretação do conteúdo das entrevistas, pela técnica de Bardin (2016) e na análise de similitude, pelo software Iramuteq. Os critérios de inclusão envolveram indivíduos autodeclarados negros (pardos e pretos), com 18 anos ou mais e residentes na periferia da zona urbana do município de Vitória da Conquista-Bahia, inseridos em territórios de abrangência da USF de referência há pelo menos 6 meses e que tiveram pelo menos um atendimento odontológico prévio à pandemia. Foram excluídos da pesquisa, os que não tinham disponibilidade de 30 minutos ou mais para a entrevista e que residissem em áreas não cobertas pela ESF. As categorias analisadas incluem: (i) autopercepção da saúde bucal; (ii) queixa de dor de dente; (iii) automedicação; (iv) barreiras no acesso ao serviço de saúde bucal e suas atenuações no período da COVID-19; (v) busca por atendimento privado; (vi) relação entre raça/cor e acesso aos serviços de saúde. Os participantes, em termos sociodemográficos, caracterizam-se por baixa renda e escolaridade, terem vínculos com o SUS e revelaram buscar atendimento odontológico apenas diante da manifestação de dores, recorrendo à automedicação. Em relação às barreiras identificadas, os entrevistados relataram dificuldades no acesso ao serviço de saúde, atribuídas às questões burocráticas, escassez de profissionais e insumos, tempo para obtenção de consultas e dificuldades em encontrar vaga para atendimento. O estudo ressalta a possibilidade de desconhecimento de práticas discriminatórias na busca por serviços de saúde, evidenciando lacunas no acesso aos cuidados odontológicos, incluindo o periodo da pandemia de COVID-19, e fornece subsídios para políticas de saúde mais inclusivas e eficazes, voltadas para as necessidades especificas dessa população, visando a equidade no acesso aos cuidados em saúde bucal. |