Avaliação de atividade antioxidante e antineuroinflamatória de flavonoides e derivados de síntese em células gliais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Janaina Ribeiro Pereira lattes
Orientador(a): Oliveira, Juciele Valéria Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Gomes, Margarete Zanardo lattes, Schitine, Clarissa de Sampaio lattes, Oliveira, Juciele Valéria Ribeiro de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36620
Resumo: Os astrócitos participam ativamente da regulação redox no cérebro. O desequilíbrio entre a superprodução de espécies reativas e mecanismos antioxidantes, pode resultar na astrogliose reativa. A astrogliose associada ao estresse oxidativo, pode promover mudanças na morfologia e na função celular, redução da atividade enzimática e aumento de citocinas e mediadores inflamatórios. Nesse contexto, os flavonoides, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, são candidatos promissores para o estudo de terapias adjuvantes em doenças que tem como fisiopatologia o estresse oxidativo. Este trabalho avaliou, in vitro, a citotoxicidade e atividade antioxidante de flavonoides e derivados de síntese (naringenina, (S) – naringenina, 7,4’-O-diprenilnaringenina, (S)-7,4’-O-diprenilnaringenina, 7-O-prenilnaringenina, naringina, hesperidina, crisina, apigenina e rhoifolina), associados ao controle da resposta inflamatória glial. A atividade antioxidante celular dos flavonoides e derivados de síntese (1, 10 e 50μM) foi determinada pela reação de eliminação do radical livre 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH). Hesperidina e o derivado diprenilado (S)-7,4’-O-diprenilnaringenina, apresentaram maiores potenciais antioxidantes e naringenina e seus demais derivados prenilados apresentaram atividade antioxidante moderada após este teste livre de células em reação de 15min. Foram utilizadas culturas primárias de glia enriquecidas de astrócitos derivadas de ratos Wistar neonatos (P0-P2) expostas ao lipopolissacarídeo (LPS, 1 µg/mL por 24 h) e tratadas com as moléculas (5 ou 10 µM por 24 h). Observou-se efeito antioxidante através do aumento dos níveis de GSH, promovidos pela naringenina e seus derivados, através do teste de depleção da glutationa com o monoclorobimano após tratamentos (5 µM por 24 h). Nos níveis enzimáticos de SOD, LPS e crisina aumentaram SOD e demais moléculas não interferiram nos níveis enzimáticos. Através do teste de citotoxicidade (MTT) foi demonstrado que o derivado prenilado 7-O-prenilnaringenina (1, 10 e 50 e 100μM por 24 h) foi o mais citotóxico para as células proliferativas de GL15 (humana) e C6 (murino), no entanto sem apresentar toxicidade e mudanças morfológicas para as células da cultura primária de glia enriquecida de astrócitos. Na coloração de Rosenfeld, apigenina e crisina (10 µM por 24 h), induziram mudanças morfológicas como retração do citoplasma e núcleo das células da cultura primária de glia enriquecida de astrócitos e demais moléculas atenuaram mudanças morfológicas promovidas pelo LPS (1 µg/mL) quando em tratamento concomitante. Além disso, os flavonoides e derivados de síntese (10 µM, 24 h) promoveram redução dos níveis de óxido nítrico (NO) e não induziram produção de NO em tratamento isolado. Juntos, esses achados indicam que flavonoides e derivados de síntese têm capacidade antioxidante e antineuroinflamatória significativas, in vitro, podendo ser aliados como candidatos a tratamentos adjuvantes em doenças neurodegenerativas