Mais que um espaço religioso: afroempreendedorismo e reciprocidades de um candomblé Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Leonardo Brait Azevedo lattes
Orientador(a): Sousa Júnior, Vilson Caetano de lattes
Banca de defesa: Almeida, Magali da Silva, Tavares, Fátima Regina Gomes, Sousa Júnior, Vilson Caetano de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35056
Resumo: Este é um trabalho etnográfico sobre o Angurusena Dya Nzambi, Terreiro de Candomblé de nação Angola situado na cidade de São Francisco do Conde. O terreiro tem aproximadamente 50 anos de história e, além da rica tradição religiosa, possui um amplo espectro de atuações sociais e empreendedoras em sua região e, de forma itinerante, pelo Recôncavo Baiano. A etnografia teve foco na caracterização geral do templo e acompanhamento de sua loja itinerante em feiras por três cidades do Recôncavo Baiano. O trabalho se insere nas discussões e reflexões sobre culturas tradicionais, empreendedorismo e a natureza do fazer econômico afro-brasileiro e de Candomblé. Constatou-se que o terreiro Angurusena Dya Nzambi se configura em um sujeito econômico inovador, em um espaço sagrado bem adaptado ao presente, produtor e distribuidor de riqueza para a população negra local. As discussões dos dados, em perspectiva, apontam para a existência de um fenômeno escalável de circuitos de reciprocidade fortuitos entre afro-brasileiros, os quais são mediados por iniciativas transversais e aglutinadoras de terreiros de Candomblé.