Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Maria das Graças Alonso |
Orientador(a): |
Santos, Jean Nunes dos |
Banca de defesa: |
Santos, Jean Nunes dos,
Ramalho, Luciana Maria Pedreira,
Boas, Deise Souza Vilas,
Tunes, Urbino da Rocha,
Arsati, Franco |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Odontologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23474
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Resumo: |
Os objetivos deste estudo foram avaliar as condições bucais – lesões de tecidos moles, alterações de núcleos (e micronúcleos) das células da mucosa bucal, alterações salivares, experiência de cárie e destruição periodontal – de um grupo de dependentes químicos de crack e cocaína. Para o grupo caso foram examinados 40 indivíduos usuários de crack e cocaína assistidos por institui-ções de apoio a químico-dependentes. Para o grupo controle, 120 voluntários não usuários de crack/cocaína atendidos na Disciplina Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia da UFBA foram avaliados. O exame dos voluntários foi realizado por um examinador previamente calibra-do. Todos os participantes eram maiores de 16 anos, do sexo masculino, e tinham no mínimo 6 dentes. No grupo controle, a frequência média de micronúcleos (MNC) foi de aproximadamente 0,05% e, no grupo caso, a frequência média de MNC foi de 0,06% (p <0,05). Observou-se tam-bém um aumento da frequência de cariorrexe no grupo caso (p <0,05). Picnose e cariólise não apresentaram diferenças marcantes entre os grupos (p> 0,05). O número de dentes cariados foi significantemente maior no grupo caso do que no controle (Caso=5,95; controle= 3,68, p=0,01). O número de dentes restaurados foi significantemente maior no grupo controle do que caso (Caso = 1,55; Controle = 2,83, p=0,03). O número de dentes perdidos e o CPOD não diferiram entre os grupos (p ≥ 0,20). O grupo caso mostrou uma maior prevalência de periodontite moderada/grave (85%) em comparação ao grupo controle (68%) (OR= 2.63; IC = 1,02-6,79; p= 0,04). Quanto ao fluxo salivar estimulado e não estimulado e capacidade tamponante da saliva, não houve diferen-ça entre os grupos (p>0,08). Pode-se concluir que usuários de crack e cocaína apresentam altera-ções de núcleos (e micronúcleos) mais frequentes, maior prevalência de lesões de mucosa bucal, periodontite moderada/grave e experiência de cárie. Políticas de saúde pública são necessárias para melhorar a condição bucal de usuários de crack e cocaína. |