Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Noemi Evelin Santos
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Orientador(a): |
Santana, Mônica Leila Portela de
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Banca de defesa: |
Santana, Mônica Leila Portela de
,
Japur, Camila Cremonezi
,
Martins, Poliana Cardoso
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde (PGNUT)
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Departamento: |
Escola de Nutrição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38005
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Resumo: |
Como tentativa de atender a questões que o modelo de cuidado hegemônico em Nutrição não tem alcançado, se observa um movimento de reconfiguração do cuidado nutricional, que se concretiza através da utilização de abordagens não prescritivas por nutricionistas. Tais abordagens se apresentam como alternativa capaz de construir um cuidado integral, promovendo mudanças concretas a longo prazo, autoaceitação, autonomia e uma relação equilibrada com o corpo e a alimentação. Embora estudos apontem a utilização dessas práticas por nutricionistas, ainda não está claro o processo que leva esses profissionais a utilizar tais abordagens de forma associada à prescrição nutricional ou mesmo em substituição a ela. Visto que a prática profissional é construída através de mediações entre o profissional e a sociedade, o presente trabalho se propôs a compreender esse processo sob a perspectiva da subjetividade, por meio da investigação dos sentidos e significados que mediam essa utilização. Visando fazer uma análise que não se limitasse apenas à descrição, partiu-se do referencial teórico-metodológico da psicologia sócio-histórica. Se estabeleceu, portanto, uma interface entre o campo da Alimentação e Nutrição e as Ciências Humanas e Sociais, para desnaturalizar o fenômeno aqui observado sem isolá-lo da realidade, apreendendo suas dimensões subjetiva e social sem dicotomizá-las. Trata-se de estudo qualitativo, de caráter descritivo, realizado com nutricionistas de ambos os sexos. A investigação ocorreu em duas etapas: na primeira foram obtidas informações sobre formação, atuação profissional e utilização de abordagens não prescritivas por nutricionistas. Na segunda etapa, os participantes foram entrevistados por meio de roteiro semiestruturado com questões relacionadas ao pensar, sentir e agir desses profissionais com relação a abordagens não prescritivas. Os resultados obtidos estão apresentados nos artigos “Compreensão de nutricionistas sobre abordagens não prescritivas no cuidado nutricional” e “Prática profissional de nutricionistas – sentidos e significados do cuidado baseado em abordagens não prescritivas”. As falas dos nutricionistas evidenciaram a utilização de abordagens não prescritivas por nutricionistas de diversas áreas de atuação, numa tentativa de realizar um contraponto com a ideia de prescrição associada à nutrição hegemônica e de construir uma prática de cuidado que seja ampliada, promotora de autonomia e empoderamento, e que tenha resultados duradouros. Nesse processo, destaca-se o papel da formação, identidade e prática profissional como mediadores, articulando a busca de nutricionistas por uma abordagem que corresponda à sua visão de cuidado ideal. Observou-se que há um avanço no sentido de recuperar o aspecto humano na prática de cuidado. No entanto, nem sempre fatores como complexidade, autonomia e diálogo se concretizam na prática desses profissionais, o que pode levar à reprodução das fragilidades que foram associadas ao cuidado prescritivo. Dessa maneira, não se pode afirmar que o uso de abordagens não prescritivas por nutricionistas é indicativo direto da construção de uma práxis transformadora. |