Benza Deus, três vezes no coração: saberes e fazeres das rezadeiras do terreiro Bate Folha como poética de dança afroancestral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Carolina Luisa Bastos lattes
Orientador(a): Amoroso, Daniela Maria
Banca de defesa: Conrado, Amélia Vitória de Souza, Lima, Evani Tavares, Amoroso, Daniela Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35559
Resumo: A pesquisa parte dos saberes e fazeres das rezadeiras do terreiro Bate Folha, em Salvador, e busca revelar de que forma elas desenvolveram o ofício em contato com suas vivências de religiosidade e fé. Mergulho enquanto filha de santo, artista e pesquisadora no ambiente das rezadeiras possuidoras de conhecimentos, que garantem a saúde física e espiritual que acomete o doente, trazendo a sua cura. Nesse sentido, valorizo esses costumes de manifestações tradicionais afro-brasileiras na contemporaneidade, considerando diversos aspectos: corporais, plásticos, poéticos, simbólicos, artísticos e histórico-sociais. O objetivo principal da pesquisa é ressignificar as memórias, corporalidades e elementos simbólicos de matrizes estéticas afro-brasileiras, das vivências de terreiro e narrativas da reza, que me atravessaram em processos criativos na poética de dança afroancestral: Alfazema. Uma dança que traz movimentos encarnados nas memórias, atravessamentos e estabelece relações com a religiosidade, encontros com o sagrado, comunicando corporalmente identidades e ancestralidades. Estar envolvida em vivências cotidianas do terreiro revela, nesse trabalho, os atravessamentos da cultura do Candomblé de nação Congo-Angola, abarcando as diversidades estéticas e culturais, com enfoque na memória e ancestralidade, evidenciando um modo de viver e de pensar negro. Desse modo, a pesquisa de campo, as entrevistas, a história oral e a prática como pesquisa são caminhos metodológicos que a pesquisa assumiu ao longo de dois anos.