Avaliação antropométrica na apneia do sono: estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Galtieri, Ranuzia Mercês Santos
Orientador(a): Souza-Machado, Adelmir de
Banca de defesa: Souza-Machado, Adelmir de, Daltro, Carla Hilário da Cunha, Andrade, Nilvano Alves de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sisitemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33492
Resumo: Introdução: Fatores anatômicos, como obesidade e alterações craniofaciais, interagem na etiologia e expressão clínica da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Modelos preditivos para SAOS vêm sendo utilizados como ferramenta de identificação de risco dessa morbidade, a exemplo do modelo morfométrico de Kushida (MMK). Objetivos: Avaliar a sensibilidade e a especificidade do protocolo clínico de triagem para SAOS, composto pelo modelo morfométrico de Kushida, e avaliar a sensibilidade e a especificidade do modelo morfométrico de Kushida, combinado com o índice de dessaturação da oxi-hemoglobina (MMKIDO) em pacientes com a síndrome da apneia obstrutiva do sono. Material e Métodos: Estudo de corte transversal com adultos maiores de 18 anos, ambos os sexos, que realizaram previamente a polissonografia (PSG) e que concordaram em participar do estudo. Não foram incluídos: indivíduos com doença ou situação que poderia impedir a realização da PSG; com prévio tratamento para distúrbios respiratórios do sono; com história prévia de tumor maligno nas vias aéreas superiores; e gestantes. Excluíram-se indivíduos com ausência dos dentes incisivos centrais e/ou segundos molares permanentes. PSG laboratorial foi utilizada para determinar o índice de apneia-hipopneia (IAH) e o índice de dessaturação da oxi-hemoglobina (IDO). Utilizaram-se Escala de Sonolência de Epworth, índice de massa corporal, circunferência cervical e medidas intraorais pertencentes ao modelo morfométrico de Kushida. Resultados: Selecionaram-se 144 pacientes e foram excluídos 75 indivíduos. Portanto, foram estudados 69 pacientes, sendo 55 indivíduos com IAH≥ 5 eventos /hora (ev/h) e 14 indivíduos, com IAH< 5 ev/h. Foram 38 mulheres (55,1%) e 31 homens (44,9%), com média de idade de 47,3 (+13,4). Ao adotar o ponto de corte do IAH≥ 5 ev/h, o MMK apresentou sensibilidade (SE)= 60,0%, especificidade (ES)= 71,4% e intervalo de confiança de 95% da área sob a curva (IC 95% da AUC)= 0.655; o MMKIDO mostrou SE= 73,0%, ES= 71,4% (IC 95% da AUC= 0,779); e o IDO apresentou SE= 76,4% e ES= 92,9% (IC 95% da AUC= 0,815). No ponto de corte IAH≥ 15 ev/h, o MMK apresentou SE= 64,1%, ES= 76,7% (IC 95% da AUC= 0,735); o MMKIDO mostrou SE= 82,1%, ES= 83,3% (IC 95% da AUC= 0,895); e o IDO apresentou SE= 76,9%, ES= 100,0% (IC 95% da AUC= 0,903). Para o ponto de corte IAH≥ 30 ev/h, o MMK apresentou SE= 56,0%, ES= 77,2% (IC 95% da AUC= 0,722); o MMKIDO mostrou SE= 92,0%, ES= 79,5% (IC 95% da AUC= 0,926); e o IDO, SE= 92,0%, ES= 90,9 % (IC 95% da AUC= 0,941). Conclusão: O modelo morfométrico de Kushida isolado, na amostra deste estudo, não foi um bom discriminante de triagem para apneia obstrutiva do sono. O índice de dessaturação de oxi-hemoglobina, quando associado ao modelo morfométrico de Kushida, melhorou a sensibilidade deste modelo morfométrico no ponto de corte do índice de apneia-hipopneia ≥ 15 eventos/hora.