Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Edjane Maria Oliveira da
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Orientador(a): |
Paixão, . Roberto Brazileiro
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Banca de defesa: |
Paixão, Roberto Brazileiro
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Barreyro , Gladys Beatriz,
Martins , Cibele Barsalini,
Rodrigues, Cláudia Medianeira Cruz,
Dantas, Lys Maria Vinhaes |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
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Departamento: |
Escola de Administração
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37080
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Resumo: |
Uso da avaliação corresponde as formas em que as informações originadas de uma avaliação impactam o objeto avaliado. A trajetória do campo da avaliação levou ao entendimento de que o fim maior da avaliação é a melhoria da entidade avaliada, e para tanto, se faz necessário que os entes avaliados internalizem e apliquem as recomendações da avaliação, ou seja, que os entes avaliados usem a avaliação. A importância desse entendimento fez surgir uma área de pesquisa dedicada a investigar os usos da avaliação, na qual este estudo está inserido. Apesar de a área de investigação dos usos da avaliação possuir conceitos teóricos e premissas bem aceitos no campo, há muitos questionamentos em aberto, tais como a capacidade de abrangência de seus conceitos teóricos, uma vez que foram fundamentados basicamente em estudos de avaliações individuais; qual teoria poderia melhor servir à prática avaliativa e ao uso adequado da avaliação? A solução para geração de teorias da avaliação mais robustas é criar teorias específicas ou gerá-las a partir de teorias mais gerais das ciências sociais? As soluções dadas pela literatura a esses questionamentos, convergem para um único caminho, a necessidade de mais estudos empíricos que investiguem como ocorrem os usos da avaliação em diferentes contextos e formatos de avaliação. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi investigar os usos e os fatores estimuladores e desestimuladores dos usos do sistema de avaliação da Capes. Foram conduzidas 63 entrevistas com coordenadores, professores e Pró-Reitores associados a programas de pós-graduação em Administração e Contabilidade avaliados pela Capes no período de 2013 a 2016, utilizando uma abordagem de pesquisa qualitativa e a estratégia classificada como estudo qualitativo básico. Os principais resultados foram: a) identificação de uma nova fonte de usos da avaliação denominada, neste estudo, de uso das diretrizes; b) negação da existência de incompatibilidade entre usos do processo e avaliações realizadas por meio sistemas de avaliação; c) contestação do entendimento de que sistemas de avaliação não são capazes de alterar o status quo dos programas avaliados; d) ratificação da ideia de que usos geram outros usos, porém, os usos gerados do processo apresentaram maior potencial para tal; e) existência de uma diversidade de fatores estimuladores e desestimuladores dos usos do sistema de avaliação da Capes, que se mostraram alinhados as categorias de fatores dada por Alkin e King (2017); e f) evidências de que os fatores relatados pelos entrevistados seguem uma hierarquia de influência, nesta ordem: fatores dos usuários, da avaliação, do contexto e dos avaliadores. Conclui-se que os sistemas de avaliação podem gerar usos do processo, assim como avaliações individuais, desde que haja um elemento que crie as condições para a ocorrência do envolvimento, o que no caso do sistema de avaliação da Capes é a sistemática de avaliação por pares. Além disso, a incorporação da nova fonte de uso - diretrizes - abre novas perspectivas de investigação e levanta questionamentos sobre a existência de subnotificação de usos na literatura, especialmente nos estudos realizados em um contexto com baixo nível de envolvimento. |