Equidade de gênero em cargos de chefia: análise da experiência da Caixa Econômica Federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Checchia, Carla Márcia Parisi lattes
Orientador(a): Schommer, Paula Chies lattes
Banca de defesa: Graziani, César Elias Walenzuela lattes, Schommer, Paula Chies, Gianella, Valeria Francesca, Kustner, Rocío Castro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Multidisciplinar e Profissionalizante em Desenvolvimento e Gestão
Departamento: Escola de Administração
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35538
Resumo: A equidade de gênero tem sido tratada como parte dos esforços de valorização e promoção da diversidade nas empresas, um dos temas incluídos na agenda de responsabilidade social empresarial (RSE). Embora haja avanços, revela-se necessário aprofundar as reflexões sobre o tema e aprimorar as práticas de gestão no contexto de trabalho. No setor bancário, o tema da equidade de gênero vem ganhando destaque, relacionado às práticas de RSE e diversidade. No entanto, as práticas de gestão são pouco sofisticadas e há preconceitos e estereótipos presentes no cotidiano de trabalho, decorrentes do contexto sócio-histórico. A partir dessa problemática, a presente dissertação-projeto objetivou verificar quais são os desafios da mulher em ascender profissionalmente em um dos maiores bancos brasileiros, a Caixa Econômica Federal (CAIXA), visando propor ações para o aperfeiçoamento das práticas pró-equidade em todos os cargos de chefia, explorando referenciais teóricos e práticos relativos a gênero, gestão da diversidade no ambiente de trabalho e RSE, adotando-os como base para fundamentar as análises. O trabalho foi realizado entre 2007 e 2009, partindo-se da observação da prática, das quais se originaram dúvidas e questionamentos a respeito do tema deste estudo. À luz de referenciais teórico-conceituais, foi possível analisar esses e outros questionamentos, sobretudo no que se refere à construção dos conceitos de gênero e de RSE. Retornando ao campo empírico, coletaram-se dados sobre o caso por meio de entrevistas semi-estruturadas e questionário respondido por funcionários da matriz da empresa, além de documentos diversos, como balanços sociais, relatórios e outras publicações da empresa. Foi considerada, ainda, a vivência da autora como funcionária da empresa há 20 anos, ocupando cargos técnicos e de gestão, passando pelos três segmentos da empresa: negocial, área-meio e estratégico. Com base na articulação entre os dados coletados e os referenciais adotados, são apresentadas propostas para aperfeiçoamento das ações próequidade de gênero na empresa, em dois eixos inter-relacionados: político/institucional e gerencial/instrumental. Entre as conclusões, é possível constatar que, apesar de a CAIXA estar em processo de incorporação da RSE ao seu modelo de gestão e a valorização da diversidade e a promoção da equidade fazerem parte das políticas e ações desenvolvidas pela empresa, as mulheres ainda enfrentam enormes entraves para desenvolver sua carreira, seja por questões relacionadas à cultura social, seja pela dificuldade das pessoas dentro da própria empresa em lidar com a questão. Além dos aspectos culturais tradicionais, a gestão da diversidade/equidade é ainda incipiente e a disponibilização de dados ocorre de forma pouco abrangente.