A interação entre o movimento de moradia e os técnicos estatais: dilemas, arenas e políticas de pós-ocupação na Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Menezes, Diego Matheus Oliveira de lattes
Orientador(a): González, Maria Victória Espiñeira lattes
Banca de defesa: González, Maria Victória Espiñeira, Zimmermann, Clóvis Roberto, Santos, Maria Elisabete Pereira dos, Souza, Claúdio André de, Trindade, Thiago Aparecido
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39076
Resumo: Esta tese discorre sobre a trajetória da interação entre o movimento de moradia e técnicos estatais na Bahia em um processo que possibilitou a formação de demandas, arenas e políticas de pós-ocupação na Bahia. A luta pela pós-ocupação surge com as demandas referentes aos pós Minha Casa Minha Vida (MCMV). Na Bahia ocorreu um profícuo processo em que atores dentro e fora do Estado pressionaram para a formação de uma estrutura institucional e de políticas específicas de pós-ocupação. Percebemos profundas transformações nos atores envolvidos e nas interfaces entre eles. Uma nova instância participativa é construída nesse processo: o Fórum de Pós-Ocupação da Região Metropolitana de Salvador. Esse espaço tem como função debater e resolver os problemas relacionados com os empreendimentos já entregues do Minha Casa Minha Vida. Fazem parte do fórum representantes do movimento de moradia, técnicos da CAIXA, do estado e de municípios. Tendo em vista a complexidade do objeto utilizaremos vários instrumentos metodológicos. Da abordagem qualitativa realizamos entrevistas semiestruturadas, análise documental e observação direta. Observou-se uma interessante reconfiguração da interação do movimento de moradia e de atores estatais na Bahia com: a) a criação do novo enquadramento da “luta pela pós-ocupação” a partir dos déficits do pós-implementação, da baixa capacidade estatal, dos trade-offs decorrentes da participação institucional e da dinâmica do processo interativo b) a construção de uma intensa comunidade política entre técnicos estatais e organizações do movimento de moradia c) a criação e consolidação de encaixes institucionais e domínios de agência periféricos d) a mobilização de certa fluidez institucional como estratégias para se adaptar às diferenças conjunturais frente as assimetrias na permeabilidade estatal e a baixa capacidade de ocupar posições centrais no tecido estatal.