Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rangel, Adriane Gonçalves de Araújo Nunes |
Orientador(a): |
Dominguez, José Maria Landim |
Banca de defesa: |
Assis, Hortência Maria Barboza de,
Guimarães, Junia Kacenelenbogen |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
em Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32077
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Resumo: |
O presente estudo utilizou registros de sísmica rasa de alta resolução para caracterizar a arquitetura e evolução estratigráfica da última Sequência Deposicional do Delta do São Francisco (SFDS), depositada durante o final do Pleistoceno/Holoceno. A SFDS acumulou-se em uma depressão batimétrica da plataforma continental associada à cabeceira do cânion do São Francisco. A existência dessa depressão resultou em um espaço de acomodação adicional de várias dezenas de metros, fato que permitiu o acúmulo de um registro estratigráfico contínuo da subida do nível eustático do mar desde o Último Máximo Glacial (UMG) em uma das plataformas continentais mais estreitas e rasas do mundo. Seis grandes unidades sismoestratigráficas foram individualizadas. As unidades inferiores (Su1, Su2 e Su3) se acumularam em torno da cabeceira do cânion, limitadas pelas paredes da depressão batimétrica. A Su1 foi possivelmente afogada pelo MWP1A (Melt Water Pulse 1A). As unidades Su2 e Su3 acumularam-se durante o período subsequente de reduzidas taxas de subida do nível eustático do mar entre o final do MWP1A e o Younger Dryas (YD). O topo do Su3 passa lateralmente para um terraço de abrasão esculpido nas paredes da depressão batimétrica. Este terraço está localizado entre 55 e 60 m abaixo do nível do mar atual, e provavelmente marca a posição da linha costa durante o YD. A Su3 foi afogada pelo MWP1B (Melt Water Pulse 1B), como indicado por cunhas de sedimentos (Su6) que enterraram o topo desta unidade nas porções laterais da depressão batimétrica. A Su4 foi depositada ainda dentro de um embaiamento costeiro, durante um período de reduzidas taxas de subida do nível do mar após o MWP1B. A Su4 foi aparentemente afogada pelo MWP1C por volta de 8,4 ka BP, marcando a formação da superfície de inundação máxima. A Su5, que corresponde à unidade mais recente do delta, foi depositada somente após a estabilização do nível eustático do mar que iniciou em 8-7,5 ka AP. Este estudo demonstrou como as variações nas taxas de subida do nível eustático do mar combinadas com a morfologia antecedente favoreceram a criação de um registro sedimentar contínuo da transgressão do Holoceno. |