Shopping Center e a produção do espaço urbano em Salvador-Ba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Virgens, Silvia Catarina Araújo Das
Orientador(a): Pereira, Gilberto Corso
Banca de defesa: Pereira, Gilberto Corso, Fonseca, Antonio Angelo Martins da, Fernandes, Rosali Braga
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geografia, Departamento de Geografia
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20998
Resumo: Nesta pesquisa discutimos a produção do espaço urbano a partir da perspectiva da urbanização corporativa que representa a aliança entre o Estado e as grandes empresas, que conjuntamente atuam na produção do espaço urbano desigual e fragmentado para atender a uma demanda de consumo de parte de uma população. O ponto de partida desta investigação foi a análise de áreas da cidade constituídas a partir da implantação de Shopping Centers, por entender que estes empreendimentos são um dos elementos indutores da produção corporativa do espaço urbano. Pois, por serem “templos de consumo”, exercem um poder polarizador na cidade, induzindo à produção de loteamentos para a classe média e de alto padrão, além de sua implantação ter uma forte relação com o sistema viário da cidade. Com o objetivo de analisar a relação entre shopping center e produção do espaço urbano, nos propomos a investigar o processo de formação de três áreas da cidade de Salvador: Região do Iguatemi, entorno do Shopping Barra e Horto Bela Vista. Cada uma delas foi promovida por influência direta da implantação dos shopping centers, em épocas e contextos diferentes. Pudemos constar que, mesmo se tratando de processos diferenciados e em contextos distintos, existe um monopólio na produção do espaço urbano que por isso recebe a nomenclatura de corporativo. O monopólio constitui-se pela atuação de poucos mas dinâmicos agentes (agentes privados responsáveis diretos pelos empreendimentos, cujas ações se perpetuam no tempo e no espaço) que se relacionam entre si e com o Estado (instâncias federal, estadual e municipal) para a promoção de áreas de alto valor comercial, indutoras da produção de um espaço urbano desigual e fragmentado.