Traduzindo o lipograma fulgenciano de aetatibvs mvndi et hominis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos Júnior, Critóvão José
Orientador(a): Santos Sobrinho, José Amarante
Banca de defesa: Ambrósio, Renato, Yerro, Jorge Hernán
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31635
Resumo: A presente pesquisa aborda o processo tradutório do prólogo e dos quatro primeiros livros da obra De aetatibus mundi et hominis, creditada ao autor norte-africano e tardo-antigo Fábio Plancíades Fulgêncio (o Mitógrafo), a partir da edição fixada por Helm (1898). Tal produção está dividida em 14 livros, em uma estrutura lipogramática de caráter consecutivo, e possui como fulcro diegético a Bíblia Sagrada Cristã. Na descrição de suas narrativas de cunho religioso, o Mitógrafo adota o mecanismo esteticamente inusitado de supressão de letras (lipograma), evitando palavras que apresentem registro nos 14 elementos iniciais do alfabeto latino, o que está sendo mantido na proposta de tradução. Nesse procedimento, em termos teóricos, estabelecem-se práticas dialógicas com variados autores, a exemplo de Jacques Derrida, Giorgio Agamben, Haroldo de Campos Michel Foucault, Antonhy Pym, Lawrence Venuti, Rosemary Arrojo, Lauro Amorim, Alice Ferreira e Michaela Wolf, no processo de discussão de epistemes atreladas ao campo tradutório. No que concerne ao âmbito prático, a seu giro, almeja-se uma atividade tradutória orientada por uma gama de critérios, tanto de ordem geral como direcionados a dar vida à constrição lipogramática, também se evitando, no português, o uso sequenciado das letras que vão de ‘A’ a ‘D’, por livro.