Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Renata Bittencourt Mendonça dos
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Orientador(a): |
Figueiredo, Paulo Soares
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Banca de defesa: |
Figueiredo, Paulo Soares
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Nemoto, Miriam Christi Midori Oishi,
Canedo, Edna Dias,
Lhamas, Fernando Antonio de Melo Pereira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
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Departamento: |
Escola de Administração
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37187
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Resumo: |
A metodologia ágil é focada nos indivíduos e na satisfação do cliente, no trabalho dinâmico e simplificado de uma equipe capaz de se adaptar e adequar o projeto às mudanças de cenários e de demandas. Contudo, em meio à pandemia da COVID 19, equipes ágeis habituadas à comunicação face a face se depararam com a implantação do home office. Este cenário motivou a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os desafios da pandemia e do distanciamento social encontrados por equipes que aplicam a metodologia ágil e as suas premissas no desenvolvimento de projetos de software, em uma empresa estatal brasileira? Baseando-se nisso, o objetivo central da pesquisa é analisar os desafios gerados pelo contexto de pandemia e do consequente distanciamento social para o desenvolvimento de projetos de software que aplicam as metodologias ágeis em uma empresa estatal de grande porte e os impactos identificados no decorrer e nos resultados dos projetos. O estudo traz uma contribuição teórica, por meio de uma análise empírica, visto que realiza um recorte em um contexto inédito da pandemia da COVID-19 e seus impactos em uma empresa estatal brasileira, despreparada para tal transformação. Seus resultados podem contribuir para a gestão da própria empresa, assim como para outras que atuem com projetos ágeis, além de contribuir para a construção de diálogo entre os ambientes acadêmico e empresarial. A pesquisa teve cunho qualitativo e ocorreu a partir de duas etapas diagnósticas exploratórias: a primeira por meio do site e materiais diversos da empresa, e a segunda, de entrevistas semiestruturadas com product owners e desenvolvedores destes projetos ágeis. Como resultado, verificou se que o grupo adaptou suas rotinas e os processos da metodologia ágil de projetos ao home office e à necessidade de se comunicar e realizar o trabalho em equipe através de ferramentas virtuais, sem impactos negativos de relevância nas entregas do projeto. Os achados indicaram por um lado perdas na socialização, nas trocas espontâneas de conhecimento e na interação entre equipes, assim como exigem um maior engajamento dos profissionais. Por outro lado, os resultados apontaram facilidades na comunicação com os clientes e ganhos com o registro da comunicação escrita, que favorece a rastreabilidade. Além disso, foram reveladas limitações para discussões mais complexas e para a gestão do conhecimento nas equipes. A conclusão da pesquisa contempla recomendações à gestão da empresa e dos projetos, sobretudo nos vieses emocional e social, diante da possibilidade de manutenção do home office a longo prazo, assim como alerta para as limitações da pesquisa e indica a necessidade de exploração ampliada do tema, possivelmente com abordagem quantitativa. |