Processos Autorregulatórios e Aprendizagem de Prática e Memorização em Orquestras Infanto-Juvenis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vasconcelos, Mônica
Orientador(a): Santiago, Diana
Banca de defesa: Boruchovitch, Evely, Frison, Lourdes, Silva, Taís, Tourinho, Ana Cristina
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Música
Escola de Música
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33252
Resumo: Compreender os processos de aprendizagem musical de músicos engajados em orquestras infanto-juvenis é um desafio, pois tocar um instrumento é uma atividade complexa que requer planejamento, organização, estratégias eficazes, automonitoramento e avaliação. A prática de memorização está presente nas vivências de músicos experts assim como de músicos menos experientes. Apesar da maior parte das pesquisas que documentam os processos de memorização ser com músicos experts, estudos atuais indicam que há um maior interesse em compreender como estudantes músicos administram suas práticas. A autorregulação é um dos construtos da Teoria Social Cognitiva com potencial no campo educacional, a fim de compreender os processos de aprendizagem dos estudantes. Os objetivos desta pesquisa foram: 1) compreender os processos autorregulatórios da aprendizagem de prática e da memorização musical que podem ser encontrados, em níveis menores ou maiores em estudantes em estágios iniciais e intermediários de aprendizagem; 2) compreender como os estudantes escolhem as estratégias e recursos necessários para monitorar e controlar seus conhecimentos, sentimentos e emoções para melhorar sua prática e memorização musicais e 3) explicar se ocorre e como a autorregulação da aprendizagem da memorização musical ocorre, e sob quais condições este fenômeno se manifesta em contextos específicos. Para isso, foram realizados dois estudos. O Estudo I foi uma survey que buscou dar uma visão macro sobre como músicos de orquestras infanto-juvenis portuguesas e brasileiras (170 músicos entre 11 a 17 anos de idade) se envolvem na prática e na memorização musical. O Estudo II foi um estudo de caso exploratório, descritivo e explicativo que procurou compreender os processos autorregulatórios de aprendizagem na prática e memorização musicais (20 músicos entre 12 a 17 anos de idade). Os resultados apontam o envolvimento dos estudantes músicos ao escolherem, aplicarem e adaptarem as estratégias cognitivas necessárias no processo de suas práticas. Eles revelaram que, mesmo quando os jovens músicos desconhecem as estratégias de memorização empregadas por músicos experientes, algumas das estratégias que utilizam são semelhantes. As memórias aural, cinestésica e visual se destacaram como suas estratégias de recuperação da memória.