Alterações renais e metabólicas induzidas pela dieta hiperlipídica e hipersódica em ratas ovariectomizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Samira Itana de
Orientador(a): Soares, Telma de Jesus, Coimbra, Terezila Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10441
Resumo: O consumo de dieta hiperlipídica e hipersódica está associado ao aumento da pressão arterial, do peso corporal e do tecido adiposo visceral. O excesso de peso e a sobrecarga de sal podem promover alterações renais. Contudo, a influência dessa dieta sobre a função e estrutura renal durante a redução dos hormônios ovarianos tem sido pouco documentada. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da dieta hiperlipídica e hipersódica sobre a pressão arterial e os parâmetros renais e bioquímicos em ratas ovariectomizadas. Vinte e quatro ratas Wistar foram ovariectomizadas (OV) e divididas nos seguintes grupos: DCO - ratas OV submetidas à dieta padrão contendo 12,39% do total de calorias advindas de gordura e 0,3% de cloreto de sódio (n=6); DLO - ratas OV submetidas à dieta hiperlipídica contendo 51,1% do total de calorias advindas de gordura e 0,3% de cloreto de sódio (n=8); e DLSO - ratas OV submetidas à dieta hiperlipídica contendo 56,1% do total de calorias advindas de gordura e 8% de cloreto de sódio (n=10). O peso e a pressão sanguínea foram determinados semanalmente. Amostras de sangue foram coletadas para análise de função renal e para determinação da glicose, colesterol total, triglicerídeos, insulina e da tolerância a glicose. Amostras de urina de 24h foram utilizadas para análise de função renal. Os animais foram sacrificados após 24 semanas de dieta e os rins removidos para a realização dos estudos histológicos, morfométricos e imunoistoquímicos. O tecido adiposo visceral foi também removido. Os resultados demonstraram que o grupo DLO apresentou maior ganho de peso corporal e ingestão calórica quando comparado ao grupo DCO, enquanto o grupo DLSO não apresentou alterações significativas desses parâmetros. Os grupos DLO e DLSO demonstraram aumento do tecido adiposo abdominal e da pressão arterial sistólica (PAS) quando comparado ao grupo DCO. O grupo DLSO apresentou ainda maior PAS em relação ao DLO. Esses animais não apresentaram diferenças nos níveis séricos de colesterol total, triglicerídeos e de glicose, porém, demostraram redução da tolerância a glicose quando comparado ao grupo controle. As ratas do grupo DLO apresentaram elevação dos níveis séricos de insulina, do índice HOMA-IR, da proteinúria e redução da fração de excreção de sódio (FENa+) comparado ao controle. Contudo, a proteinúria e a FENa+ foram mais elevados no grupo DLSO. Não foram observadas alterações significativas da creatinina plasmática e da taxa de filtração glomerular entre os grupos. O grupo DLO apresentou alterações discretas no compartimento túbulo-intersticial do córtex renal, caracterizadas por infiltrado inflamatório, fibrose intersticial e dilatação e atrofia tubular. Essas alterações não foram observadas no grupo DLSO. O número de macrófagos/monócitos estava aumentado no córtex renal das ratas dos grupos DLO e DLSO em relação ao grupo DCO. Os nossos resultados demonstram que a adição de sal à dieta hiperlipídica em ratas ovariectomizadas pode contribuir para elevação da PAS e do tecido adiposo visceral, redução da tolerância a glicose, proteinúria e infiltração de macrófagos/monócitos no tecido renal.