Jetztzeit a aura da obra dinâmica a partir dos retratos de Poe e Wilde: a aura da obra dinâmica a partir dos retratos de Poe e Wilde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carmen Cristiane Borges Losano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-97YJ5W
Resumo: O conceito de aura se constitui, em Benjamin, a partir dos critérios de autenticidade, originalidade e unicidade da obra de arte. Considerando que tais critérios se observam em obras de arte estático-espaciais, como a pintura e a escultura, então as obras dinâmico-temporais não poderiam ser consideradas auráticas. Para analisar as fronteiras entre obras estáticas e dinâmicas, selecionamos duas narrativas literárias que acumulam traços da literatura (obra dinâmica) e da pintura (obra estática), por meio da descrição pictural. Os textos selecionados são: um conto do escritor norte-americano Edgar Allan Poe, intitulado O retrato oval, e o romance do irlandês Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray. Nas descrições picturais dessas narrativas, as telas contêm aspectos de vida e/ou mobilidade, o que 'transgride' os critérios benjaminianos. Fisicamente, não há mobilidade, mas os escritores - e os leitores - compreendem que sim. Nesse sentido, direcionamos nossos trabalhos para o receptor, com base na 'Estética da Recepção'. Compreendemos que a aura não se encontra mais na obra em si, mas na autonomia do olhar do receptor; é o olhar que concede aura à obra. Consideramos a autonomia do olhar nas possibilidades de dinamização do estático (como em Poe e em Wilde) e na paralisação no dinâmico, quando o receptor considera único - e estanque - dado momento da recepção de uma obra dinâmica. Assim, tentamos traduzir os critérios de Benjamin para a obra dinâmica, em especial para a Literatura.