Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Caroline Barreto de
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Orientador(a): |
Cidreira, Renata Pitombo
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Banca de defesa: |
Cidreira, Renata Pitombo
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Araújo, Rosangela Janja Costa
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Matos, Edilene Dias
,
Jesus, Jaqueline Gomes de
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Sequeira, Rosane Preciosa
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura)
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Departamento: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38070
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Resumo: |
Compondo uma análise acerca das relações entre Moda e Ativismo, com base nas teorias do campo dos Estudos Feministas e de Gênero, Relações Raciais e Racismo e estudos sobre Processos Criativos e Metodologias de Design de Moda, apresento nessa pesquisa, um debate e registros do processo de construção do Modativismo. Elaboro essas reflexões a partir de experimentos teórico-práticos, empreendidos na criação das coleções de moda, desfiles e exposições nacionais e internacionais, de minha autoria, que compuseram as residências artísticas inseridas no curso desta pesquisa, dentre os anos de 2015 a 2019. Na elaboração do escopo teórico que baliza a proposta do Modativismo, passo a reconhecer que teoria e prática são indissociáveis e assim, proponho pensar nos processos de criação, desenvolvimento e produção de coleções de moda e demais produtos artísticos nesse campo, sob a perspectiva das práticas feministas e antirracistas, compondo uma proposta Decolonial (CURIEL, 2010) tanto de nossas experiências, bem como das formas de produção de conhecimento científico e práticas artísticas. Sem bases precedentes de referência para produzir uma empreitada acadêmica que pudesse convergir às análises dos meus processos criativos - como campo teórico-político-metodológico de produção de conhecimento - adoto referências do Método Cartográfico (DELEUZE & GUATTARI, 1995), dos Estudos Culturais (HALL, 2009), Estudos de Gênero e Feminismos (SCOTT, 1995), com recorte no Feminismo Negro Interseccional (GONZALEZ, 1984; CRENSHAW, 2000) Estudos sobre Decolonialidade (CURIEL, 2010), dos Estudos sobre Raça e Racismo (KILOMBA, 2019), dos Estudos sobre Linguagem e Análise do Discurso Crítica (FAIRGLOUGH, 2001), Teoria da Moda (CIDREIRA, 2005) e Metodologia de Design (MUNARI, 1998), como campos abordados não como referência de um debate objetivo, mas atinentes às bases teóricas que configuram um esteio ao modo de construção de pensamento para a produção de um ‘Saber Localizado’ (HARAWAY, 1995). Traduzidos em práticas horizontalizadas de compartilhamento de saber/fazer/poder, por compreender como indissociáveis os âmbitos pessoal, profissional e político, registro por meio dessa escrita a elaboração de uma autoetnografia (FORTIN, 2000). Na segunda parte do texto, adentro factívelmente ao campo da pesquisa em artes, como uma Cartografia Poética (ROLNIK, 2006), que se faz a partir da experiência compreendida como um saber-fazer. Para além disso, com base na compreensão do quanto a linguagem que escolhemos é a mais expressiva da nossa posição de poder imaginada, do que da nossa posicionalidade, me direcionei também ao desafio da escrita criativa, performática, a partir da referência das Escrevivências (EVARISTO, 2017). Este é o mapa de uma ação insurgente, por meio do qual registro e problematizo a minha trajetória pessoal e artística, nos laboratórios criativos e residências artísticas que integraram esta pesquisa, junto a colaboração com outras artistas negras, empreendendo debates sobre como a nossa trajetória de vida e o nosso lugar de existência incidem nas nossas criações, de maneira a atrelar as produções artísticas às nossas demandas políticas. |