“Escute um pouco seu mestre menina...” - o ambiente gingado e narrado a partir da Capoeira Angola: tecendo conexões entre corpo, cultura e educação ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Schroeder, Anastácia
Orientador(a): Silva, Maria Cecilia de Paula
Banca de defesa: Loureiro, Carlos Frederico Bernardo, Pinho, Maria José de Souza, Castro Júnior, Luís Vítor
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22494
Resumo: O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar as relações possíveis entre corpo, cultura e ambiente, a fim de pensar uma educação ambiental como práxis corporal e cultural, a partir da capoeira angola. Essas possíveis relações foram levantadas em entrevistas realizadas com Mestres de capoeira angola do estado da Bahia, fundamentadas na História Oral temática. Buscamos tratar as falas considerando os sentidos produzidos no contexto social do tempo presente. Devido à complexidade do universo de saberes dessa manifestação a pesquisa, de abordagem qualitativa, possui uma perspectiva histórica e multirreferencial. Os ‘causos’ narrados por estes Mestres da cultura nos permitiram refletir sobre possibilidades de pensar/fazer uma educação ambiental comprometida com a emancipação humana frente às perversidades do sistema hegemônico econômico e racial. Dos resultados, destacamos a diversidade e amplitude destes conceitos no universo das capoeiras e dos ambientes pesquisados. Corpo e cultura foram tratados como eixos centrais de discussão e de produção de sentido, embora pouco considerados no meio acadêmico. Compreendemos neste trabalho o corpo como histórico, eixo central de relação e conexão com o mundo. A partir dessas considerações, entendemos a cultura como corporal, de maneira contextualizada e relacional aos interesses políticos, econômicos, sociais, raciais e culturais, levando em consideração os aspectos históricos e culturais. Dessa forma, concluímos que precisamos ampliar e diversificar olhares e conhecimentos, valorizar outros saberes na perspectiva de uma formação, e neste caso uma educação ambiental que a partir do corpo e da cultura, aponte para a emancipação humana, econômica, social e racial.