Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Taise Teles Santana de
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Orientador(a): |
Hoisel, Evelina de Carvalho Sá
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Banca de defesa: |
Hoisel, Evelina de Carvalho Sá
,
Silva, Gilson Antunes da
,
Alves, Moisés Oliveira
,
Aguiar, Ana Lígia Leite e
,
Telles, Lígia Guimarães
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40064
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Resumo: |
Esta tese de doutorado versa sobre a produção do poeta, professor e artista-pensador Alberto Pucheu. Apresentando-se no panorama literário brasileiro na década de 1990, Pucheu publica seu primeiro livro Na cidade aberta, em 1993, e culmina, atualmente, com É chegado o tempo de voltar à superfície, recém-lançado em 2022. Professor de Teoria Literária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seu projeto de escritura caracteriza-se pela implosão do conceito tradicional de poesia, principalmente quando seus textos poéticos se abrem para uma contaminação intensa com a realidade impositiva e com a sujidade do mundo, não se esquivando de tocar nos problemas sociopolíticos do agora. Além disso, seus poemas são atravessados por uma infiltração de vidas cuja motricidade intensifica modos de existência. Esse estudo concentra-se, sobretudo, nas obras de 2013 a 2022, a saber: mais cotidiano que o cotidiano (2013), Para que poetas em tempos de terrorismos? (2017), vidas rasteiras (2020) e É chegado o tempo de voltar à superfície (2022). A partir dos modos de atuação da poesia pucheutiana – político, estético e ético – levanto os seguintes questionamentos: de que forma a poesia do agora, em meio a um turbilhão de acontecimentos no nosso tempo, não se furta a se contaminar com tal realidade? Se os textos poéticos proporcionam experimentações com o contemporâneo, como esse encontro se dá? Por meio de quais movimentos a poesia de Pucheu tomba com os impasses da contemporaneidade? Assim, por meio das provocações do conceito de “contemporâneo”, de Agamben (2009) e de Pucheu (2014a), analiso como a poesia pucheutiana reconfigura o sensível, instaurando outras possibilidades de existências e de invenção de um possível de Brasil. Ao se dispor ao outro, o poeta não cansa de “sair de si” (Collot, 2004), o que faz do poema um espaço de toca, de trincheira, de hospedaria, de passagem de intensidades. Se nos espantamos com a superfície cotidiana, nos assombramos, também, com o texto literário tanto por nos permitir refletir quanto por inventar o espaço do outro, a nossa condição de desumanização, as maneiras de questionar o já instituído, de produzir bons encontros para além do amesquinhamento do mundo. |