Retornos sobre a infinita luz azul: poesia, memória e história em Rafael Alberti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Mayra Moreyra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-13082019-131825/
Resumo: Esta tese investiga o vínculo entre o signo mar, o exercício da memória e o trabalho com a palavra na poesia escrita por Rafael Alberti (1902-1999) durante seu exílio na Argentina e no Uruguai (1940-1963). Trata-se de um conjunto que chama a atenção pelo processo de escritura praticamente simultâneo, o qual, embora compartilhe motivos e problemas, apresenta uma grande diferença formal. A variação também sugere que o movimento é, efetivamente, um traço constitutivo da voz poética albertiana. Em meio a esse canteiro de obras, aparece Retornos de lo vivo lejano, cujos quarenta e cinco poemas se intitulam retornos, dando corpo a uma nova forma criada pelo poeta. O movimento de retorno não é só a atitude de um sujeito que revisita o passado, mas a escolha da nostalgia como perspectiva crítica sobre a história, postura a partir da qual se constrói uma poesia (do) possível. Propomos um percurso analítico que se inicia com Marinero en tierra, obra de estreia do poeta, de 1925, em que se lançam as bases da relação triádica entre mar, memória e poesia. Retornos de lo vivo lejano será tomado como um ponto de inflexão da trajetória de Rafael Alberti por permitir pensar a um só tempo o vínculo com o signo mais presente em sua obra, o mar, seu compromisso (po)ético com o exercício da memória, e sua concepção do trabalho poético.