Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Bernal, Juliana Maria da Silva |
Orientador(a): |
Dominguez, José Maria Landim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22528
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Resumo: |
O Estado da Bahia possui a linha de costa mais extensa do Brasil, com mais de 1.000 km de extensão, apresentando uma vasta diversidade de ambientes costeiros. A zona costeira baiana pode ser subdivida em quatro compartimentos principais, de acordo com suas características fisiográficas: Costa do Litoral Norte, Costa dos Riftes Mesozoicos, Costa Deltaica do Jequitinhonha e Pardo e Costa Faminta do Sul da Bahia. Tais características são resultado da interação entre a herança geológica, variações do nível do mar, clima e suprimento de sedimentos. Destacam-se dentre as inúmeras feições presentes nesta costa, o delta do rio Jequitinhonha e as planícies quaternárias, onde se observa o acúmulo de vastos depósitos arenosos. Com o objetivo de compreender ainda mais sobre a gênese e a dinâmica dessas feições, os estudos relacionados ao suprimento de sedimentos revelam-se como importante elemento de investigação. Neste trabalho, buscou-se, a partir da modelagem da produção de sedimentos para todas as bacias hidrográficas (BHs) que deságuam na costa do Estado da Bahia, avaliar a contribuição do aporte de sedimentos fluviais na construção das planícies quaternárias e, com isso, apresentar um dado quantitativo inédito que contribua para a corroboração dos modelos propostos de caracterização da zona costeira da Bahia, bem como, colaborar para a melhor compreensão a cerca da evolução e dinâmica desses ambientes. A produção de sedimento foi calculada utilizando-se a Equação Universal de Perda de Solos – EUPS, a partir dos planos de informações, tais como, precipitação, propriedades dos solos, fatores topográficos e uso do solo. A equação foi calibrada com os dados de medição de sedimento em suspensão, obtidos em dez estações sedimentométricas mais próximas das desembocaduras de cada uma das sub-bacias em estudo, a partir das quais foi calculada a descarga sólida total aplicando-se o método de Colby. O resultado da EUPS foi comparado à descarga sólida total calculada, obtendo-se a taxa de transferência de sedimentos, considerando somente a carga de leito. O valor do aporte fluvial acumulado durante o Holoceno foi comparado com as áreas de depósito de sedimentos arenosos holocênicos. A produção de sedimento total anual, estimada pela perda de solo laminar, foi de 945 x 106 toneladas por ano, para uma área de 332.230 km2. A média anual da descarga sólida total para toda a área estudada (BHs que deságuam na costa da Bahia) foi de 23 x 106 toneladas de sedimentos por ano. Após o cálculo do SDR e considerando somente a carga fluvial de fundo, o aporte que permaneceria depositado nas áreas das planícies holocênicas foi de 7 x 106 toneladas multiplicada por 8 mil anos (representativo do acúmulo sedimentar pós estabilização do nível do mar), resultando num depósito de 63 x 109 toneladas para toda a costa, sendo 85% desses, provenientes dos rios da costa deltaica. O resultado total do balanço sedimentar entre os depósitos fluviais e os depósitos holocênicos foram equivalentes em ordem de grandeza corroborando o papel dos rios na formação da planície costeira. |