Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Bernal, Juliana Maria Da Silva |
Orientador(a): |
Dominguez, José Maria Landim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24731
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Resumo: |
A Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha – BHRJ possui uma área de aproximadamente 73.600 km2, que abrange grande parte do nordeste do Estado de Minas Gerais e um pequeno setor do sudeste do Estado da Bahia. O rio Jequitinhonha nasce na Serra do Espinhaço, a sul da cidade de Diamantina, Estado de Minas Gerais, a uma altitude aproximada de 1.260 m, e deságua no Oceano Atlântico, no município de Belmonte, sul do Estado da Bahia. Uma planície deltaica, com aproximadamente 800 km2, está associada à desembocadura deste rio. O presente trabalho tem como objetivo, avaliar a contribuição do aporte fluvial de sedimentos da BHRJ na construção desta planície. A planície deltaica do rio Jequitinhonha é composta por depósitos com idades que variam do Pleistoceno até o Atual, e constitui um delta modificado pela ação de ondas. A produção de sedimentos para os usos da terra atuais foi calculada através da aplicação da Equação Universal de Perda do Solo – EUPS. Os resultados obtidos foram comparados aos dados da série histórica de vazão líquida e de sedimentos da estação Jacinto (cód. 54780000) para os anos de 1971 a 2007, para uma melhor acurácia. A produção de sedimentos foi também modelada para um cenário de cobertura vegetal original a fim de se estimar o impacto das mudanças no uso da terra na descarga sólida. A descarga sólida de sedimentos na BHRJ obtida pela aplicação da EUPS e calibrada com as medições da estação Jacinto foi de 27 x 106 t/ano. Na simulação para o cenário de cobertura vegetal original esta descarga foi de 1 x 106 t/ano. Considerando-se que a carga de leito corresponde a 26% da descarga total, e convertendo-se os valores obtidos para volume (m3), o aporte de sedimentos atual equivale a 3,7 x 106 m3/ano e o aporte de sedimentos para o cenário com vegetação original foi de 140 x 103 m3/ano. As descargas sólidas fluviais calculadas para dois cenários foram comparadas com os sedimentos depositados na planície deltaica nos últimos 2500 anos e entre os anos de 1700 e 2008; esse último caracterizou o período sob condições atuais de uso da terra. Nos últimos 2500 anos acumularam-se na planície costeira 1 x 109m3 de sedimentos arenosos e cascalhosos. Neste período estima-se que o rio Jequitinhonha tenha aportado para a zona costeira um volume de sedimentos de 1,46 x 109 m3 sugerindo que este rio desempenhou um papel fundamental na progradação da planície a ele associada. |