Benefícios do tratamento com insulina no diabete Mellitus tipo 1 em roedores - associação com a via de quinureninas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7650 |
Resumo: | O diabetes mellitus é uma doença endócrina e metabólica multifatorial crônica associada a riscos no desenvolvimento de doenças cardiovasculares como vasculopatia e infarto agudo do miocárdio. O papel de vias metabólicas como a das quinureninas no diabetes mellitus ainda não é bem compreendido, de modo que a investigação dos mecanismos associados à doença e suas repercussões vasculares, objetos deste estudo, podem elucidar novos alvos farmacológicos para o seu tratamento. Este estudo teve como objetivo estabelecer uma relação entre os benefícios do tratamento com insulina em animais diabéticos do tipo 1 e a via das quinureninas. Para os experimentos, ratos Wistar foram divididos três grupos experimentais: Controle (Saudável), diabético (DM) e diabéticos tratados com insulina (DM+INS). Ratos DM receberam tratamento com insulina por 14 dias (10 UI/Kg, 2x/dia, IP). Constatou-se que o tratamento com insulina de ratos DM foi capaz de aumentar a atividade da indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO1) em comparação a ratos DM e controle. Estes achados foram concomitantes à observação de significativa resposta vasodilatadora no grupo DM+INS em relação a ratos DM, tanto em aorta como na vasa vasorun periaórtica, cujo volume luminal encontrava-se reduzido em ratos DM. Observou-se atrofia da camada média da vasa vasorun em ratos DM, a qual foi revertida com o tratamento de ratos DM com insulina. A espessura da camada média aórtica foi semelhante entre os grupos. Adicionalmente, a avaliação estereológica demonstrou redução do volume do tecido adiposo perivascular em ratos DM, a qual foi revertida com o tratamento com insulina. Também observamos um aumento da excreção de proteína e creatinina urinária com respectiva redução em seus níveis plasmáticos em ratos DM, o que pode ser ocasionado pela supra elevação fisiológica do fluxo urinário, característica inicial da nefropatia diabética. Em conjunto, os dados revelam 14 dias pós-indução do diabetes do tipo 1 foram capazes de modificar a rota metabólica das quinureninas e a função vascular, mais não foram suficientes para gerar lesão renal grave. Até o momento do término deste trabalho não identificamos na literatura trabalhos que associem o tratamento com insulina, a rota metabólica das quinureninas e suas associações sobre os efeitos vasculares no diabetes do tipo 1. Apesar destes resultados iniciais não permitirem o estabelecimento definitivo de uma relação causa-efeito, a observação de que o tratamento padrão para DM1 com insulina foi capaz de reverter alterações estruturais sobre o PVAT e camada média da vasa vasorun periaórtica, corrigir a excreção de proteínas, além de promover restauração do tônus vascular de maneira concomitante ao aumento da atividade IDO1 e, portanto, com maior produção de KYN, sugerem um possível papel regulatório dos produtos desta via sobre as alterações vasculares e renais associadas ao diabetes tipo 1. Uma investigação mais minuciosa da via neste cenário poderá elucidar novos alvos terapêuticos para o tratamento das complicações vasculares e renais desta patologia. |