Influência da via das quinureninas na função vascular de camundongos prenhe e não prenhe em modelo de animais hiperglicêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Batista, Nayana Yared
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3255116418030528, https://orcid.org/0000-0002-2892-207X
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8481
Resumo: O Diabetes Mellitus (DM) está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais prevalentes no Brasil e no mundo, não somente por causa dos agravos a saúde da população, mas também devido a sua alta taxa de mortalidade. Quando acontece no estado gravídico, pode comprometer a vida da mãe e o desenvolvimento fetal, bem como predispor a mãe ao desenvolvimento do DM2. Alterações macro e microvasculares presentes nessa patologia, além de ativação de vias inflamatórias que culminam no quadro de disfunção vascular, vêm sendo relacionadas a níveis alterados de metabólitos oriundos da via da quinureninas. Esta via, resulta do metabolismo do triptofano por enzimas como a indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO), cuja expressão encontra-se aumentada em condições inflamatórias. Nesse sentido, o presente estudo teve como finalidade investigar a relação da via das quinureninas com as adaptações vasculares associadas à gravidez e sua relação com os distúrbios vasculares induzidos pela hiperglicemia em artérias de camundongos prenhe e não prenhe. Para a realização dos protocolos experimentais, foram utilizados camundongos fêmeas para compor quatro grupos experimentais: normoglicêmicas, hiperglicêmicas, prenhe normoglicêmicas e prenhe hiperglicêmicas (n=10/grupo). Os animais do grupo hiperglicêmico foram submetidos a uma dieta hipercalórica durante 3 meses. Nesse período receberam duas doses de estreptozotocina (100mg/kg) com intervalo de uma semana entre as aplicações. Os animais do grupo prenhe hiperglicêmico foram submetidos a uma dieta hipercalórica durante o mês que antecedeu o acasalamento e durante os 21 dias da prenhez. A hiperglicemia foi confirmada com as dosagens glicêmicas de animais em jejum de 6h. Em todos os grupos foi realizado os ensaios de reatividade vascular, no qual foram avaliadas a resposta vasoconstritora induzida por fenilefrina e vasodilatadora induzida por acetilcolina em anéis de aorta de camundongos previamente incubadas com inibidores da indoleamina2,3-dioxigenase (IDO) e quinurenina mono-oxigenase (KMO) ou com metabólitos oriundos da via: L-quinurenina (KYN), ácido quinurênico (Ac. KYN) e 3-hidroxiquinurenina (3HKYN). Nossos resultados evidenciaram que a via das quinureninas desempenham importante ação na regulação do tônus vascular dos quatro grupos experimentais. Essa regulação foi direcionada a uma diminuição da resposta vascular ao vasoconstritor fenilefrina. Além disso, evidenciamos também que perfil de ativação da via difere nos grupos avaliados. A ação do ácido quinurênico foi mais expressiva na prenhez e a quinurenina na prenhez hiperglicêmica. Enquanto que na condição não prenhe, sugerimos que outros metabólitos, não avaliado neste estudo, podem desencadear essa ação reguladora da vasculatura, uma vez que a incubação com os inibidores promoveu alterações vasculares, e o mesmo não foi visto com os metabólitos analisados.